O tubarão-martelo Sphyrna lewini é um dos encontrados nos mares costeiros do Brasil (foto: Wikimedia Foundation).
Até os anos 1970 era fácil encontrar essas espécies por quase toda a costa brasileira, mas a pesca predatória diminuiu drasticamente suas populações e limitou sua área de distribuição. Suas nadadeiras têm grande valor na culinária oriental e sua carne é consumida dentro e fora do país.
A aparência diferenciada dos tubarões-martelo desperta há muito tempo o interesse de pesquisadores. Sua anatomia (estudo da forma de músculos, esqueleto, cérebro etc.) tem sido estudada desde o século 19. A característica mais marcante – que deu origem ao nome popular dessas espécies – é a expansão lateral na parte anterior da cabeça, que apresenta formato de martelo e é chamada, tecnicamente, de ‘cefalofólio’. Essa projeção lateral da cabeça tem formato diferente em cada espécie.
Esses tubarões alimentam-se de peixes, crustáceos e moluscos e são responsáveis por alguns ataques contra seres humanos, mas estudos mostram que eles não fazem parte da lista de espécies mais agressivas de seu grupo. Durante sua alimentação, os tubarões-martelo utilizam uma estratégia chamada protrusão da mandíbula, ou seja, a projeção da arcada dentária superior para a frente, o que expõe mais os dentes e facilita a captura das presas.
Camila Mayumi Hirata dos Santos (mestranda), Programa de Pós-Graduação em Zoologia, Universidade Estadual Paulista (Unesp – campus de Rio Claro),
Otto Bismarck Fazzano Gadig, Campus Experimental do Litoral Paulista / Unesp
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