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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Papinha? Que nada! Filhotes de duas espécies de cobra-cega gostam mesmo é de comer a pele de suas mães

Um filhote da cobra-cega brasileira Siphonops annulatus. Ele alimenta-se da pele da própria mãe ao nascer (foto cedida por Carlos Jared).

O que é, o que é: vem da fêmea, é nutritivo e alimenta os filhotes. Leite? Que nada: pele de mãe. Esse parece ser o alimento que uma grande parte das espécies de cobras-cegas (também conhecidas como cecílias) consome ao nascer. Uma delas, aliás, é brasileira, como descobriram cientistas do nosso país. Trata-se da Siphonops annulatus. Como a africana Boulengerula taitanus, essa espécie – que parece uma grande minhoca – é um anfíbio e vive no subsolo. Saber por que esses bichos, que estão em continentes diferentes, têm a mesma forma de alimentar seus filhotes é o desafio dos cientistas. Então, vamos ver como eles fizeram essa descoberta e que informações têm a nos dar?

Diferença marcante

Ovos da cobra-cega brasileira Siphonops annulatus (foto cedida por Carlos Jared).
Existem espécies de cobra-cega que são ovíparas – isto é, que põem ovos – e espécies de cobra-cega que são víviparas – ou seja, que não põem ovos e têm filhotes que já nascem com a forma dos adultos. O curioso hábito de os filhotes comerem a pele da própria mãe parece ser a principal diferença entre as espécies ovíparas e as vivíparas. Para você ter uma idéia, tanto a cobra-cega brasileira Siphonops annulatus quanto a cobra-cega africana Boulengerula taitanus são ovíparas e, como vimos, apresentam o hábito de comer a pele de sua mães quando são filhotes.
Pista que levou à descoberta
A mudança da cor da pele das espécies ovíparas – observada inicialmente na espécie brasileira, na época em que a mãe cuidava dos filhotes recém-nascidos – foi a primeira característica que chamou a atenção dos cientistas. “Inicialmente, descobrimos que ela passava da cor azul-chumbo escura que tem normalmente para um tom pálido e bem mais claro”, conta o biólogo Carlos Jared, do Instituto Butantan, que descobriu os hábitos curiosos da S. annulatus.

A cobra-cega brasileira Siphonops annulatus antes de ter filhotes (à esquerda) e depois (à direita). Repare a diferença na cor de sua pele (fotos cedidas por Carlos Jared).

Ao compará-la com a espécie africana, que apresentava essas mesmas características, o pesquisador, com a ajuda de cientistas estrangeiros, descobriu que essa coloração mais pálida era, na verdade, modificações sofridas pela pele dessas duas cobras-cegas, que passava a ser o alimento dos filhotes.

Mas por que comer justamente a pele?!


A secreção produzida pelas cobras-cegas é amarronzada. Veja um filhote de Siphonops annulatus alimentando-se dela (foto cedida por Carlos Jared).
“A camada mais superficial da pele da mamãe cobra-cega contém gorduras e proteínas, substâncias muito nutritivas para os seus filhotes. Além dessa camada nutritiva, os recém-nascidos também sugam uma secreção viscosa, possivelmente rica em açúcar, que a fêmea produz e libera pela sua abertura cloacal, uma região do seu corpo, próximo à cauda, que corresponderia ao ânus do ser humano”, explica Carlos Jared. Por conta disso, é muito comum os filhotes se posicionarem em volta da cauda da mãe, que fica levantada em relação ao seu corpo, sugando avidamente essa secreção.

Para um alimento especial, dentes também especiais!

Veja como são os dentes da Siphonops annulatus (imagem: Alex Kupfer).
Para arrancar a pele da mãe, os filhotes de S. annulatus contam também com dentes especiais, que têm a forma semelhante a pequenas colheres. Porém, não pense que a fêmea fica sem a camada da pele para sempre. À medida que os filhotes vão se alimentando, essa pele vai se renovando, mais ou menos a cada três dias. Depois de um mês e meio, quando termina a nutrição da ninhada, a pele se regenera totalmente, voltando à cor cinza escuro.


Clique aqui e descubra outras curiosidades sobre as cobras-cegas que, quando filhotes, comem a pele de suas mães.



Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças
17/10/2008

NOTA DO PROFESSOR: Olha só, pessoal, na verdade ela não é cobra é um anfíbio da família do sapo e da salamandra. Também não é cega. Ela enxerga e muito bem! Seus olhos são protegidos por uma fina membrana por isso não é possível ver seus olhos! Daí o apelido "cobra cega".

sábado, 4 de outubro de 2008

Diretamente de Marte para você

Há novidades sobre o planeta vermelho. Vamos conhecê-las?

Extra! Extra! As descobertas mais recentes feitas no planeta Marte comprovam: há água no solo marciano, além de uma substância que também existe aqui na Terra em alguns desertos.
Em maio, pousou em Marte a sonda Phoenix: uma nave sem tripulação enviada pela agência espacial americana (a Nasa). Em julho, em uma amostra de solo marciano coletada por ela, os cientistas descobriram água. Um achado importante, já que a água, em estado líquido, é essencial para a manutenção da vida em todas as formas que conhecemos na Terra.

Em Marte, existe água, assim como uma substância que, na Terra, é consumida por plantas e microrganismos (foto: Wikipedia).


As descobertas, porém, não pararam por aí. Em agosto, sais de perclorato foram identificados no solo do planeta vermelho. Essa substância – que também está presente na Terra, em lugares como o deserto do Atacama, no Chile – é absorvida, em nosso planeta, como fonte de energia por organismos que vivem em condições extremas.

“Algumas plantas, como cactos e arbustos, por exemplo, absorvem essa substância. Alguns microrganismos também consomem o perclorato no solo, que pode ser utilizado até em fogos de artifício e em combustível para foguetes”, conta Eder Cassola Molina, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo.
A localização de água e de sais de perclorato em amostras de solo marciano aumentou a curiosidade dos cientistas sobre a possibilidade de existência de vida no planeta vermelho. Sabe por quê? “Na busca por condições de vida extraterrestre, estas descobertas são muito importantes e podem reavivar a possibilidade da existência de algum tipo de vida em algum momento na história de outro planeta”, explica Eder Molina.
As análises do solo marciano, porém, ainda não terminaram. Os cientistas responsáveis pela missão em Marte resolveram divulgar informações – como a descoberta do sal de perclorato – assim que as receberam, mesmo antes de confirmá-las por outros métodos de pesquisa. Uma maneira de fazer o público acompanhar passo a passo o desenvolvimento das descobertas científicas.
Análises de solo feitas pela sonda Phoenix trouxeram novidades a respeito do planeta vermelho (foto: Nasa).
Vale, porém, o alerta: as amostras do solo marciano analisadas são mais ou menos do tamanho de uma colher de café, coletadas de uma região específica onde a Phoenix pousou. Muito mais pode haver em outros locais. Por isso, as amostras não representam Marte por completo. Mas a missão continua e até lá outras novidades podem surgir. Portanto, fique atento às notícias sobre Marte!



Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças
17/09/2008

Quer saber mais sobre vulcões e sobre terremotos?

terremoto

Confira os posts sobre o assunto! Conheça causas, efeitos e entenda o que são essas manifestações da natureza!
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Vulcões e terremotos

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas de manifestação da dinâmica interna terrestre. As placas tectônicas, conforme a teoria da Tectônica de Placas, incluem continentes e partes de oceanos, que movem-se em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.

Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

Saiba mais, lendo os posts sobre vulcões e terremotos!

Abaixo, entenda a Escala Richter!

Escala Richter

Escala Richter

Vídeo sobre terremotos e vulcões