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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Na natureza é melhor

Elefantes de zôos vivem menos e têm a saúde pior do que os selvagens
Elefantes adultos e filhotes passeiam livres na natureza (foto: C. Moss/ATE).

Você assistiu ao desenho animado Madagascar? Já ouviu falar nele? Esse filme conta a história do leão Alex, a principal atração do zoológico de Nova York. Ele, que sempre viveu em cativeiro, não está satisfeito com a sua vida no zoológico. Algo que seu amigo Marty, uma zebra, não consegue entender, já que considera viver no zoológico uma maravilha. Com a fuga de Alex, porém, não só Marty como outros animais do zôo vão descobrir como é a vida selvagem, ao irem parar na ilha de Madagascar, na África. No grupo, não há nenhum elefante, mas você sabia que, se houvesse um personagem assim no filme, ele poderia dizer, sem medo de errar, que animais desse tipo encontrados na natureza vivem por mais tempo e são mais saudáveis do que os de zoológico?

Pois é. Essa descoberta, anunciada recentemente por pesquisadores de universidades do Canadá e do Reino Unido, foi feita a partir do estudo de mais de 4.500 elefantes fêmeas, de zoológicos da Europa e de áreas de preservação localizadas no Quênia (África) e em Mianmar (Ásia). Pesquisadores descobriram que os animais podem sofrer uma série de problemas físicos e psicológicos se as condições no zoológico ou no seu cativeiro não forem adequadas.


Elefante asiático em zoológico europeu (foto: Born Free Foundation/Chris Draper).

Segundo o estudo, os elefantes africanos vivem, em média, 17 anos no cativeiro e até 56 em vida livre. Já os asiáticos chegam, em média, a uma idade de 19 anos nos zoológicos e 42 na natureza, sendo que a sua expectativa de vida pode ser ainda menor, de acordo com as condições em que vivem.

“Os animais que trabalham para a indústria madeireira no Sudeste da Ásia, por exemplo, têm um risco elevado de morte, e muitas vezes não chegam a completar oito anos”, conta a zoóloga Georgia Mason, da Universidade de Guelph, no Canadá, referindo-se a elefantes que são usados para a derrubada de árvores em território asiático.

Segundo a zoóloga, como é difícil que os elefantes consigam se reproduzir em cativeiro, a população de animais não aumenta muito e, por isso, é sempre necessário que novos elefantes sejam trazidos da natureza. “As taxas de nascimento são muito pequenas. Antigamente, pensava-se que simplesmente os machos não conseguiam aproximar-se facilmente das fêmeas, mas, hoje, sabemos que muitas fêmeas têm problemas de saúde que as impedem de se reproduzir”, explica. “Ninguém sabe ainda por que isso acontece, mas se acredita que esses problemas possam ser causados por estresse e obesidade.”


Saúde em risco


(Ilustração: Maurício Veneza).
Pois é: quem diria que os elefantes sofrem com excesso de peso? Esse, porém, não é o único problema de saúde que eles podem desenvolver em cativeiro.
Georgia Mason conta que doenças ligadas ao sistema circulatório, assim como tuberculose, entre outras, afetam os elefantes. “Podemos observar que mais da metade dos animais apresenta algum desses problemas”, explica. Os elefantes nascidos em cativeiro sofrem risco ainda maior do que os trazidos da vida selvagem, pois são levados de um zoológico para o outro e, por vezes, afastados de suas mães.
“Os animais que permanecem em cativeiro costumam apresentar um comportamento repetitivo, muitas vezes movem-se de um lado para o outro sem motivo, e até mesmo agridem os tratadores”, conta a zoóloga Khyne Mar, do Departamento de Ciências dos Animais e das Plantas da Universidade de Sheffield, localizada na Inglaterra.
  • Um lugar melhor para viver
Mas como os jardins zoológicos podem ajudar a acabar com esses problemas? Para Georgia Mason, o melhor a se fazer é parar de transferir animais entre zoológicos, pois os elefantes são animais sociais e o distanciamento do grupo pode fazer com que eles fiquem doentes. “Seria importante também deixar os filhotes fêmeas junto de suas mães pelo maior tempo possível, até mesmo pela vida toda, como ocorreria na natureza”, comenta. “As filhas que são afastadas de suas mães têm maior chance de morrer prematuramente.”
Além disso, Khyne Mar lembra que o lugar onde ficam os elefantes precisa ser espaçoso para permitir que os animais possam se movimentar. “Os zoológicos devem construir cercados grandes para facilitar o movimento e permitir o contato com animais da mesma espécie”, afirma. E aí? O zoológico da sua cidade cumpre essa recomendação? Se a resposta for “não”, que tal dar essa dica para a administração do local? Sua atitude pode ajudar um elefante e render bons resultados!
*Igor Waltz - Ciência Hoje das Crianças - 19/12/2008

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Bem-vindos à estação do astro-rei

Colunista reverencia a chegada do verão e destaca o papel do Sol na geração de energia

Nos próximos dias, para os habitantes do hemisfério Sul, começará uma das estações mais esperadas, associada às épocas de festas e férias. No dia 21 de dezembro, às 10h04min (horário de Brasília), terá início o solstício de verão. A palavra solstício significa “sol parado” e foi dada porque, nesse dia, o astro-rei nascerá na posição mais ao sul e, a partir de então, sua nascente começará a se deslocar até que, no dia 20 de março de 2009, chegue exatamente no leste.


A Pirâmide do Sol, erguida nos primeiros séculos da era cristã em Teotihuacan, nos arredores da Cidade do México. Alguns arqueólogos defendem que ela era usada para a adoração do Sol. Clique na imagem para ler mais sobre a civilização que construiu esse monumento (foto: Bernardo Esteves).


Embora o senso comum diga que o Sol nasce no leste todos os dias, esse fenômeno somente ocorre em dois dias do ano: no início da primavera e do outono. No dia 21 de dezembro, poderemos perceber que, ao nascer, o Sol estará bem distante do leste. Se estivéssemos na região mais ao norte da Antártida, veríamos o Sol nascer no sul e não no leste.

As estações do ano sempre influenciaram as atividades humanas. A diferença de iluminação do globo ocorre porque o eixo de rotação da Terra é inclinado em aproximadamente 23 graus em relação a uma reta perpendicular ao plano de sua órbita.

Os povos primitivos sabiam da importância do Sol na sua existência. Grande parte desses povos tinha o Sol como uma divindade, responsável pela preservação da vida. Períodos muito quentes levavam a secas e períodos com pouca luz, a invernos rigorosos. Dessa maneira, era comum serem feitos sacrifícios (inclusive humanos) para acalmar a fúria do astro-rei. Com a passagem do tempo, começou-se a perceber que essas mudanças eram periódicas e possíveis de se prever.

Fonte primária de energia

A importância do Sol vai além da luminosidade e do conforto térmico por ele proporcionados. Praticamente toda a energia utilizada pela humanidade tem o Sol como fonte primária. Por exemplo, a energia que extraímos dos alimentos foi acumulada nas ligações químicas produzidas pelas plantas durante o processo de fotossíntese. Esse processo ocorre quando as plantas utilizam energia da luz solar para converter dióxido de carbono, água e minerais em compostos orgânicos e oxigênio gasoso.

Praticamente toda a energia utilizada pela humanidade tem o Sol como fonte primária. A energia da biomassa, por exemplo – como a do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar –, é derivada da fotossíntese, na qual a luz solar é usada pelas plantas para a síntese de moléculas orgânicas (foto: José Reynaldo da Fonseca).

Ao ingerir alimentos, os organismos os transformam, com processos digestórios, em moléculas que permitirão às células extrair essa energia química e garantir a manutenção da vida. Ao comer alimentos de origem animal, também se obtém energia, armazenada na forma de gorduras, açúcares e proteínas.

A energia da biomassa, cada dia mais utilizada, também é obtida a partir da fotossíntese. O álcool extraído da cana-de-açúcar e o biodisel dos óleos vegetais têm a vantagem de que o gás carbônico liberado da sua queima no interior dos motores é incorporado novamente pelas plantas para a realização de um novo ciclo, minimizando os efeitos do aquecimento global.

Muitos outros processos utilizam a energia advinda do Sol. Nas hidrelétricas, por exemplo, a luz solar influencia o ciclo de chuvas que enchem os reservatórios. Já o petróleo é formado pelo processo decomposição de matéria orgânica, restos vegetais, algas, alguns tipos de plâncton e restos de animais marinhos – ocorrido durante centenas de milhões de anos no subsolo. Mas como o Sol produz energia?


Interações nucleares

O Sol é um imenso corpo com massa de aproximadamente 10 31 kg (10 seguido de 31 zeros), composto basicamente por hidrogênio e hélio (os elementos mais abundantes do universo). Essa enorme quantidade de massa gera uma força gravitacional que o comprime e, como conseqüência, aumenta a temperatura no seu interior. No núcleo, a temperatura é da ordem de milhões de graus, fazendo com que os átomos ali presentes fiquem totalmente ionizados, ou seja, no estado de plasma.

Nessa situação, os elétrons, que normalmente estariam ao redor do núcleo, são arrancados das suas órbitas, sobrando apenas um “caroço” carregado positivamente. No caso do hidrogênio, há apenas um próton (partícula com carga elétrica positiva); já os átomos de hélio têm dois prótons e dois nêutrons (partículas sem carga elétrica).


Graças à fusão nuclear, o Sol age como uma grande fornalha que produz, a cada minuto, uma quantidade de energia equivalente a 10 milhões de vezes a produção anual de petróleo da Terra (foto: Nasa/ Transition Region & Coronal Explorer).

Em altíssimas temperaturas, esses núcleos movem-se velozmente e colidem constantemente. Quando isso ocorre, formam-se novos elementos por meio de um processo chamado de fusão nuclear.

O fato de os núcleos atômicos terem cargas elétricas positivas faz com que surja uma força elétrica repulsiva quando eles se aproximam (cargas de mesmo sinal se repelem). Mas, como a alta temperatura fornece grande quantidade de energia de movimento, os núcleos se aproximam suficientemente para que outra força fundamental da natureza – a força nuclear forte – entre em ação e vença a repulsão elétrica. Essa força tem um alcance muito curto, da ordem de 10 -15 m, e é a responsável pela coesão dos núcleos atômicos.

No caso Sol, o processo predominante é o chamado ciclo do hidrogênio, por meio do qual quatro desses átomos interagem e se transformam em um átomo de hélio. Para isso, dois prótons (que são núcleos dos átomos de hidrogênio) se transformam em dois nêutrons. Para que haja a conservação da carga elétrica, ocorre a emissão de duas partículas com massa igual à do elétron, mas com carga positiva (o pósitron).

Equação da energia

O átomo de hélio e as partículas produzidas nesse processo têm massa menor do que a dos quatro átomos de hidrogênio que deram início à reação. Essa diferença de massa é convertida em energia, como previsto pela famosa equação do físico alemão Albert Einstein (1879-1955), E=mc 2 , na qual m é a diferença de massa e c, a velocidade da luz. Como c tem um valor muito grande, uma pequena quantidade de massa equivale a uma enorme quantidade de energia.

A cada minuto, 36 bilhões de toneladas de hidrogênio estão sendo transformadas em hélio no Sol, liberando uma energia equivalente à queima de 8×10 20 (8 seguido por 20 zeros) litros de gasolina por minuto, ou a mais de 10 milhões de vezes a produção anual de petróleo da Terra. Ao gerar toda essa energia, o Sol equilibra a força gravitacional e fica estável por uma escala de aproximadamente 10 bilhões de anos.

Esse processo que ocorre no Sol é similar ao que acontece na maioria das estrelas. Atualmente sabemos que muitas delas possuem planetas ao seu redor. Dependendo da distância que separa esses astros das estrelas, eles podem receber quantidades apreciáveis de energia.

É possível que, em alguns deles, essa energia possa ter impulsionado a eclosão da vida e até sustentado formas complexas como a nossa. Talvez alguns desses supostos habitantes também estejam esperando o início de um verão e também reverenciem a importância da luz do seu sol, como os belos versos de Caetano Veloso: “Luz do Sol/ Que a folha traga e traduz/ Em verde de novo/ Em folha, em graça, em vida em força em luz.”

Adilson de Oliveira -Departamento de Física - Universidade Federal de São Carlos -19/12/2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Jóias do Sistema Solar

Informações sobre os anéis de Saturno e de outros planetas


Em 2004, a sonda espacial Cassini tirou uma série de fotos de Saturno. Elas foram usadas para compor esta imagem: a mais detalhada já feita do planeta e de seus anéis (imagens: NASA/JPL).

Saturno é conhecido como “o planeta dos anéis”. Mas você sabe quando eles foram descobertos? Do que são feitos? Ou quantos existem? Pois é hora de descobrir – e ser apresentando a outros planetas que, como Saturno, também têm anéis!

Há quase 400 anos...

Os anéis de Saturno foram descobertos em 1610 por Galileu Galilei. Nascido em 1564, ele foi a primeira pessoa a mostrar que a Terra girava em torno do Sol. Por conta das limitações do equipamento que utilizou para observar Saturno, a princípio Galileu interpretou o que estava vendo como sendo duas luas, uma de cada lado do planeta. “Essa idéia fazia sentido porque, pouco antes, Galileu havia descoberto as quatro maiores luas de Júpiter”, explica o astrônomo Jorge Carvano, do Observatório Nacional. Não demorou, no entanto, para Galileu notar que as luas que ele supostamente havia descoberto ao redor de Saturno pareciam não se mover em relação ao planeta, ao contrário do que ocorria com as luas de Júpiter. Além disso, ao apontar novamente o telescópio para Saturno, dois anos após fazer a sua descoberta, Galileu não conseguiu mais ver as luas que imaginava ter descoberto. Com o tempo, aliás, percebeu-se que as estruturas observadas por Galileu Galilei cresciam, encolhiam e desapareciam em intervalos de 15 anos. Mas... o que seriam elas?!


Galileu Galilei foi a primeira pessoa a observar os anéis de Saturno (ilustração: Mario Bag).

Mistério desvendado
“Em 1655, Christian Huygens, um astrônomo holandês, usou um telescópio bem melhor do que o de Galileu e matou a charada: descobriu que ele havia visto, na verdade, um anel muito fino que estava em órbita ao redor do Equador de Saturno”, conta Jorge Carvano. Tal como acontece na Terra, o Equador de Saturno é uma linha imaginária que divide o planeta em dois hemisférios: o Norte e o Sul. O anel às vezes parecia maior, às vezes menor e, eventualmente, sumia porque o ângulo formado entre o Equador de Saturno e a órbita da Terra varia com o tempo. Há uma inclinação que se altera, de acordo com a época. “Quando esse ângulo atinge um máximo, os anéis estão bem inclinados e nós conseguimos vê-los bem. Quando esse ângulo fica pequeno, porém, nós não conseguimos enxergá-los”, conta Jorge Carvano.

Buracos e luas... nos anéis!
Hoje sabemos que Saturno tem sete anéis. Eles não têm exatamente um nome. São chamados por letras, de A a G. Os anéis são formados por partículas sólidas, compostas principalmente por gelo, mas apresentam também vários outros materiais. Essas partículas podem ter o tamanho de um grão de poeira ou formar pedregulhos com diversos metros de comprimento. “O que diferencia um anel do outro, aliás, são variações na densidade de poeira, na espessura do anel e características das partículas que os compõem”, conta Jorge Carvano. Você sabia também que os anéis de Saturno contêm vários buracos, anéis menores e até mesmo pequenas luas em seu interior? Pois é verdade!


Os anéis de Saturno entre as luas Titã (no alto) e Tétis (embaixo).

Anéis de outros mundos

No Sistema Solar – acredite! – não é apenas Saturno que apresenta anéis. Todos os planetas gigantes também os têm. Júpiter, Urano e Netuno, portanto, contam com estruturas desse tipo. “Saturno, porém, se destaca porque o seu sistema de anéis é de longe o mais extenso, além de ser formado por partículas mais brilhantes”, conta Jorge Carvano. Para ver em detalhe essas estruturas, além de imagens de Saturno e de suas luas, clique na tela abaixo e assista a um vídeo que a CHC fez para levá-lo ao espaço!

Mara Figueira - Ciência Hoje das Crianças - 21/11/2008

Vespas: de vilãs a parceiras

Artigo mostra como esses insetos mais conhecidos por suas ferroadas podem ajudar a conter pragas
Vespa solitária (Eumeninae) transportando lagarta de borboleta recém-capturada (A), e ninho de barro, construído também por vespa solitária nas ferragens de sustentação de um telhado (fotos: Fábio Prezoto).
  • As vespas, insetos pertencentes ao mesmo grupo que formigas e abelhas, são mais conhecidas por suas dolorosas ferroadas do que por sua ecologia. Na verdade, elas são inimigos naturais de outros insetos que se alimentam de plantas. Uma colônia de vespas do gênero Polybia com 40 mil indivíduos, por exemplo, pode capturar mais de mil lagartas de borboletas por dia.
  • Estudos sobre a atuação predatória de vespas sociais têm demonstrado o seu potencial para o controle biológico de várias espécies de insetos consideradas pragas agrícolas, o que reforça a importância de investigar melhor as interações ecológicas entre vespas e herbívoros.
  • As vespas são insetos com dois pares de asas membranosas, ‘cintura fina’ e um ferrão, embora tais características não estejam presentes em todas as espécies. Há cerca de 100 mil espécies conhecidas, amplamente distribuídas pelo planeta, exceto nas regiões mais geladas, e podem ser classificadas, de acordo com sua organização social, em solitárias e sociais. No Brasil, muitas dessas espécies também são chamadas de marimbondos.
  • O grupo das vespas solitárias, com mais de 98% das espécies conhecidas, inclui as parasitóides e/ou predadoras de um amplo leque de invertebrados, como lagartas, grilos, percevejos, pulgões, baratas e aranhas. As parasitóides põem os ovos sobre as vítimas e suas larvas alimentam-se do corpo destas.
  • A palavra inglesa wasp (que deu origem a ‘vespa’) significa ‘carregador de cadáver’, e provavelmente foi atribuída a tais insetos porque algumas espécies carregam as presas para seus ninhos. Entre as vespas solitárias há desde espécies com poucos milímetros de comprimento, como as do gênero Trichogramma, que parasitam ovos de outros insetos, até algumas com mais de 5 cm, como as do gênero Pepsis, que caçam aranhas.
  • Algumas vespas solitárias põem seus ovos sobre as vítimas no ambiente natural, como Cotesia flavipes, parasitóide da lagarta Diatraea saccharalis (conhecida como broca da cana-de-açúcar), mas outras precisam de um ninho para abrigar a prole. Para isso, podem ocupar cavidades pré-existentes (saliências no solo ou em troncos), cavar orifícios no solo ou construir ninhos com barro – estes associados, com freqüência, a construções humanas.
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Fábio Prezoto, Simone Alves de Oliveira Cortes e André Carneiro Melo
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (Comportamento e Biologia Animal),
Laboratório de Ecologia Comportamental
Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)
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Você leu apenas o início do artigo publicado na CH 253. Clique no título da postagem para baixar a versão integral (3,1 MB). O arquivo inclui ainda outro artigo publicado na seção Primeira Linha.

A peça que faltava

Antártica é o último continente no qual o aquecimento foi comprovadamente atribuído à ação humana


Lagos de gelo derretido no mar gelado ao redor da ilha de Coburg, em Nunavut, Canadá. Uma relação clara entre a ação humana e o aquecimento global já havia sido apontada na região do Ártico, retratada acima, mas nunca no caso da Antártica (foto: Sandy Briggs).


Nos últimos anos, estudos haviam permitido atribuir à ação do homem o aumento da temperatura verificado em várias regiões do planeta. Mas faltava ainda demonstrar isso para um último continente: a Antártica. Isso acaba de ser feito por uma equipe internacional de cientistas, que mostrou que o aumento de temperatura nos dois pólos do planeta é motivado por atividades humanas, como o lançamento na atmosfera de gases que promovem o efeito-estufa e outros poluentes.


A pesquisa afasta a hipótese levantada em estudos anteriores que atribuíam as mudanças na temperatura das regiões polares à variabilidade natural de seu clima. Os resultados, publicados hoje na internet pela revista Nature Geoscience, reforçam a importância da adoção de medidas para evitar e combater o aquecimento global.


Iceberg na ilha de Baffin em Nunavut, Canadá, com pequenos lagos de gelo derretido em primeiro plano. O aquecimento no Ártico foi associado a um rápido declínio da extensão do gelo do mar no verão (foto: Sandy Briggs).

Não era fácil atribuir à ação humana as mudanças climáticas verificadas na Antártica, seja devido à grande variabilidade do clima local, seja pela pouca qualidade dos dados colhidos ali por cientistas. Não por acaso, o próprio Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas havia reconhecido que faltava comprovar a relação entre ação humana e aquecimento naquele continente.

Para resolver esse impasse, os pesquisadores observaram os padrões de aumento da temperatura em regiões do Ártico e da Antártica (nos pólos Norte e Sul, respectivamente) com a utilização de registros da temperatura do ar feitos desde 1900. Os padrões observados foram comparados com simulações computadorizadas que previam como seria a evolução dessas temperaturas em dois tipos de cenários – com e sem as emissões de gases do efeito-estufa e outros poluentes (como de dióxido de carbono e de clorofluorcarbonetos – CFCs) originadas por atividades humanas.


Os resultados não deixam margem a dúvidas. As únicas simulações da evolução do clima polar compatíveis com os registros de temperatura de fato observados são aquelas que levam em conta a interferência humana.


Culpa inequívoca
“O estudo mostra que a atividade humana é culpada pela mudança climática em todos os continentes, mesmo nas áreas polares” resume à CH On-line um dos autores do artigo, o climatologista Peter Stott, da Universidade de Exeter (Inglaterra).

Iceberg no estreito das Geleiras, situado em Nunavut, Canadá (foto: Sandy Briggs).

“Isso confirma que as ações do homem podem ter conseqüências profundas bem longe das regiões onde são feitas as atividades poluentes e podem inclusive chegar a um continente como a Antártica, no qual não há sequer uma população permanente”, completa Stott. Apenas cientistas e pessoal de apoio das bases polares residem na Antártica e a estadia é temporária.
Peter Stott lembra que o aquecimento das regiões polares pode trazer conseqüências sérias para todo o planeta. “Com a grande quantidade de gelo que existe nessas áreas, o derretimento elevará globalmente o nível do mar”, prevê. “Além disso, o aquecimento traz um provável declínio de espécies no Ártico como, por exemplo, os ursos polares.”

O meteorologista Alexey Karpechko da Universidade de East Anglia (Inglaterra), também autor da pesquisa, alerta para a gravidade do problema na Antártica. “Os padrões de aquecimento na Antártica são especialmente afetados pela destruição da camada de ozônio”, ressalta. “A menos que ela se recupere, o aquecimento na Antártica será amplificado nos próximos anos.”

Tatiane Leal - Ciência Hoje On-line - 30/10/2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Lobo mau? Será?

Conheça o lobo-guará, um animal tímido que corre risco de desaparecer do mapa

“Para que essa boca tão grande? Para te comer!” Quem conhece a história de Chapeuzinho Vermelho, com certeza, lembra dessa conversa. No conto, o lobo não é flor que se cheire, aliás, é malvado à beça. Por conta da fábula que correu o mundo, acredita-se que onde há lobo, há perigo. Será? No caso do lobo-guará, é ele que corre risco: o de sumir do mapa!

Procura-se!

Nome científico: Chrysocyon brachyurus.

Nome popular: lobo-guará.

Tamanho: cerca de 1,5 metro da cabeça à cauda.

Peso: em torno de 23 quilos.

Local onde é encontrado: campos e cerrados da América do Sul, do centro-sul do estado do Maranhão até o Uruguai e do extremo leste do Peru até o estado do Espírito Santo.

Hábitat: cerrados e campos.

Motivo da busca: animal ameaçado de extinção!

O lobo-guará, segundo os pesquisadores, é um animal tímido, difícil de ser avistado. Por outro lado, é muito ágil: com suas longas patas corre pela vegetação quando fareja algum perigo ou em busca de alimento. Ao contrário do lobo-mau, o guará não come gente. Sua alimentação inclui pequenos mamíferos – principalmente, ratos silvestres –, aves e insetos, além de frutos, em especial a chamada fruta-de-lobo ou lobeira, comum no cerrado e em algumas localidades do nordeste e do sul do país. A lobeira fornece frutos parecidos com o tomate o ano todo e, por isso, é muito importante para os lobos nos períodos de seca.


Quando encontra seu par, o lobo-guará costuma ter de dois a quatro filhotes. O macho fica com a família até que os filhotes tenham certa independência. Depois, ele se afasta e, então, cabe à mãe alimentá-los e protegê-los.


A principal causa do desaparecimento do lobo-guará é a utilização das áreas em que vive para agricultura e criação de gado. Freqüentemente, ele também é vítima de caça e envenenamento por ser considerado perverso, dado que algumas vezes ataca animais domésticos.


É importante saber mais sobre os hábitos dos animais silvestres para que possamos concluir o quanto é importante a preservação de seu hábitat.


Salvatore Siciliano
Escola Nacional de Saúde Pública
Fundação Oswaldo Cruz
Revista Ciência Hoja para Crianças - Edição 195

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Papinha? Que nada! Filhotes de duas espécies de cobra-cega gostam mesmo é de comer a pele de suas mães

Um filhote da cobra-cega brasileira Siphonops annulatus. Ele alimenta-se da pele da própria mãe ao nascer (foto cedida por Carlos Jared).

O que é, o que é: vem da fêmea, é nutritivo e alimenta os filhotes. Leite? Que nada: pele de mãe. Esse parece ser o alimento que uma grande parte das espécies de cobras-cegas (também conhecidas como cecílias) consome ao nascer. Uma delas, aliás, é brasileira, como descobriram cientistas do nosso país. Trata-se da Siphonops annulatus. Como a africana Boulengerula taitanus, essa espécie – que parece uma grande minhoca – é um anfíbio e vive no subsolo. Saber por que esses bichos, que estão em continentes diferentes, têm a mesma forma de alimentar seus filhotes é o desafio dos cientistas. Então, vamos ver como eles fizeram essa descoberta e que informações têm a nos dar?

Diferença marcante

Ovos da cobra-cega brasileira Siphonops annulatus (foto cedida por Carlos Jared).
Existem espécies de cobra-cega que são ovíparas – isto é, que põem ovos – e espécies de cobra-cega que são víviparas – ou seja, que não põem ovos e têm filhotes que já nascem com a forma dos adultos. O curioso hábito de os filhotes comerem a pele da própria mãe parece ser a principal diferença entre as espécies ovíparas e as vivíparas. Para você ter uma idéia, tanto a cobra-cega brasileira Siphonops annulatus quanto a cobra-cega africana Boulengerula taitanus são ovíparas e, como vimos, apresentam o hábito de comer a pele de sua mães quando são filhotes.
Pista que levou à descoberta
A mudança da cor da pele das espécies ovíparas – observada inicialmente na espécie brasileira, na época em que a mãe cuidava dos filhotes recém-nascidos – foi a primeira característica que chamou a atenção dos cientistas. “Inicialmente, descobrimos que ela passava da cor azul-chumbo escura que tem normalmente para um tom pálido e bem mais claro”, conta o biólogo Carlos Jared, do Instituto Butantan, que descobriu os hábitos curiosos da S. annulatus.

A cobra-cega brasileira Siphonops annulatus antes de ter filhotes (à esquerda) e depois (à direita). Repare a diferença na cor de sua pele (fotos cedidas por Carlos Jared).

Ao compará-la com a espécie africana, que apresentava essas mesmas características, o pesquisador, com a ajuda de cientistas estrangeiros, descobriu que essa coloração mais pálida era, na verdade, modificações sofridas pela pele dessas duas cobras-cegas, que passava a ser o alimento dos filhotes.

Mas por que comer justamente a pele?!


A secreção produzida pelas cobras-cegas é amarronzada. Veja um filhote de Siphonops annulatus alimentando-se dela (foto cedida por Carlos Jared).
“A camada mais superficial da pele da mamãe cobra-cega contém gorduras e proteínas, substâncias muito nutritivas para os seus filhotes. Além dessa camada nutritiva, os recém-nascidos também sugam uma secreção viscosa, possivelmente rica em açúcar, que a fêmea produz e libera pela sua abertura cloacal, uma região do seu corpo, próximo à cauda, que corresponderia ao ânus do ser humano”, explica Carlos Jared. Por conta disso, é muito comum os filhotes se posicionarem em volta da cauda da mãe, que fica levantada em relação ao seu corpo, sugando avidamente essa secreção.

Para um alimento especial, dentes também especiais!

Veja como são os dentes da Siphonops annulatus (imagem: Alex Kupfer).
Para arrancar a pele da mãe, os filhotes de S. annulatus contam também com dentes especiais, que têm a forma semelhante a pequenas colheres. Porém, não pense que a fêmea fica sem a camada da pele para sempre. À medida que os filhotes vão se alimentando, essa pele vai se renovando, mais ou menos a cada três dias. Depois de um mês e meio, quando termina a nutrição da ninhada, a pele se regenera totalmente, voltando à cor cinza escuro.


Clique aqui e descubra outras curiosidades sobre as cobras-cegas que, quando filhotes, comem a pele de suas mães.



Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças
17/10/2008

NOTA DO PROFESSOR: Olha só, pessoal, na verdade ela não é cobra é um anfíbio da família do sapo e da salamandra. Também não é cega. Ela enxerga e muito bem! Seus olhos são protegidos por uma fina membrana por isso não é possível ver seus olhos! Daí o apelido "cobra cega".

sábado, 4 de outubro de 2008

Diretamente de Marte para você

Há novidades sobre o planeta vermelho. Vamos conhecê-las?

Extra! Extra! As descobertas mais recentes feitas no planeta Marte comprovam: há água no solo marciano, além de uma substância que também existe aqui na Terra em alguns desertos.
Em maio, pousou em Marte a sonda Phoenix: uma nave sem tripulação enviada pela agência espacial americana (a Nasa). Em julho, em uma amostra de solo marciano coletada por ela, os cientistas descobriram água. Um achado importante, já que a água, em estado líquido, é essencial para a manutenção da vida em todas as formas que conhecemos na Terra.

Em Marte, existe água, assim como uma substância que, na Terra, é consumida por plantas e microrganismos (foto: Wikipedia).


As descobertas, porém, não pararam por aí. Em agosto, sais de perclorato foram identificados no solo do planeta vermelho. Essa substância – que também está presente na Terra, em lugares como o deserto do Atacama, no Chile – é absorvida, em nosso planeta, como fonte de energia por organismos que vivem em condições extremas.

“Algumas plantas, como cactos e arbustos, por exemplo, absorvem essa substância. Alguns microrganismos também consomem o perclorato no solo, que pode ser utilizado até em fogos de artifício e em combustível para foguetes”, conta Eder Cassola Molina, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo.
A localização de água e de sais de perclorato em amostras de solo marciano aumentou a curiosidade dos cientistas sobre a possibilidade de existência de vida no planeta vermelho. Sabe por quê? “Na busca por condições de vida extraterrestre, estas descobertas são muito importantes e podem reavivar a possibilidade da existência de algum tipo de vida em algum momento na história de outro planeta”, explica Eder Molina.
As análises do solo marciano, porém, ainda não terminaram. Os cientistas responsáveis pela missão em Marte resolveram divulgar informações – como a descoberta do sal de perclorato – assim que as receberam, mesmo antes de confirmá-las por outros métodos de pesquisa. Uma maneira de fazer o público acompanhar passo a passo o desenvolvimento das descobertas científicas.
Análises de solo feitas pela sonda Phoenix trouxeram novidades a respeito do planeta vermelho (foto: Nasa).
Vale, porém, o alerta: as amostras do solo marciano analisadas são mais ou menos do tamanho de uma colher de café, coletadas de uma região específica onde a Phoenix pousou. Muito mais pode haver em outros locais. Por isso, as amostras não representam Marte por completo. Mas a missão continua e até lá outras novidades podem surgir. Portanto, fique atento às notícias sobre Marte!



Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças
17/09/2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Batismo no berçário de serpentes

Dê nome a um filhote de jibóia na inauguração de uma área para cobras recém-nascidas em SP

Você está convidado a conhecer um berçário diferente, que não tem nenhum bebê de bochechas rosadas e, sim, um filhote de cobra! Topa? Então, a partir do dia 26 de setembro, visite o Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo. Nesta data, será inaugurada uma área especial, que funcionará como um berçário de serpentes, pois receberá filhotes de cobras. A princípio, o berçário contará apenas com um morador: um filhote de jibóia nascido em março deste ano, que ainda não tem nome. Uma situação que irá mudar, porém, no dia três de outubro. Sabe por quê? Quem estiver no Museu Biológico entre 26 de setembro e dois de outubro será convidado a batizar o filhote, além de conhecer os seus pais e comparar o seu próprio tamanho com o da mamãe jibóia, que tem quatro metros de comprimento.


Este é o filhote de jibóia que está à espera de um nome (foto: Antonio COR da Costa).


O nome escolhido para o filhote de cobra será anunciado em três de outubro, na página do Instituto Butantan na internet. No dia seguinte, acontece o batismo. Então, pronto para virar padrinho de serpente? Participe!


Bia Aparecida

Ciência Hoje das Crianças 25/09/2008

sábado, 20 de setembro de 2008

Avaria deixará acelerador de partículas da Cern parado por 2 meses


O Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), que começou a funcionar no último dia 10 no que deve ser o maior experimento científico do século, ficará fora de serviço por pelo menos dois meses devido a um vazamento de hélio, informou hoje a Organização Européia para a Pesquisa Nuclear (Cern).

Em uma nota, a entidade destacou que na última sexta-feira houve um vazamento de hélio em um setor do túnel do LHC, devido, segundo as investigações preliminares, a uma ligação elétrica defeituosa entre dois ímãs, o que causou a falha mecânica.

"Em nenhum momento houve risco para as pessoas", segundo a Cern, que destacou que teve início uma investigação completa sobre o incidente.

Os consertos implicarão um atraso de "um mínimo de dois meses" nas operações do LHC, segundo o comunicado.

No LHC, um túnel circular de 27 quilômetros entre França e Suíça, os cientistas da Cern pretendem recriar as condições do "Big Bang" mediante a colisão frontal de partículas à velocidade da luz.

Um dos grandes objetivos é descobrir o hipotético Bóson de Higgs, chamado por alguns de "a partícula de Deus", cuja existência é considerada indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre si.

O projeto, que demorou 20 anos e custou quatro bilhões de euros para se concretizar, foi iniciado este mês, quando os físicos conseguiram fazer circular com sucesso as primeiras partículas pelo túnel para comprovar seu funcionamento.


Fonte : UOL Notícias

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

COMEÇA EXPERIÊNCIA DE RECRIAR O BIG BANG - 10 de setembro de 2008 - 07:54

A comunidade científica internacional está com os olhos voltados para o primeiro teste com o LHC (Grande Colisor de Hádrons), a máquina mais poderosa do mundo. Tão poderosa que tentará reproduzir o Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo. Ao menos 9.000 pesquisadores estão na região de fronteira entre suíça e França, onde o teste começou a ser realizado nesta quarta-feira.
A primeira tentativa de colocar em circulação um feixe de milhões de prótons foi bem sucedida. Os cientistas conseguiram fazer com que as partículas dessem uma volta completa no enorme túnel circular de 27 quilômetros. Este era justamente o objetivo da primeira etapa planejada para esta quarta. O primeiro lançamento de partículas no acelerador foi no sentido horário, disse Lyn Evans, diretor do projeto. "Vamos ter de comprovar que cada um dos elementos da máquina funciona", acrescentou. Os cientistas comemoraram o êxito.
Uma grande apreensão tomou conta dos momentos iniciais antes do primeiro teste, conduzido por Evans.

O detector CMS: equipamento de 12 500 toneladas para analisar colisões de partículas com um trilionésimo do tamanho de um grão de sal

O grande temor por trás das pesquisas com o LHC são as notícias de que o experimento de colisões de hádrons (partículas como prótons e nêutrons) pela máquina poderia criar um "miniburaco negro" que engoliria a Terra. "É irreal. Isso não faz sentido", disse James Gillies, o porta-voz do Cern (Organização Européia para Pesquisa Nuclear), organização responsável pelo LHC.
Gillies disse a jornalistas que o máximo que poderia acontecer com o LHC seria o equipamento se quebrar e acabar soterrado sob a Europa. Além disso, ele declarou que no estágio inicial o colisor só funcionará parcialmente, sendo que o potencial máximo do equipamento só deverá ser alcançado após um ano.
Os pesquisadores querem saber - por meio de testes com choques de prótons e nêutrons - que segredos do Universo serão desvendados pelo aparelho, desde a origem da massa até a estrutura da matéria escura.

O acelerador LHC: nesse tubo de 27 quilômetros de extensão, as partículas subatômicas serão aceleradas a 99,9% da velocidade da luz

Cristais de chumbo e tungstênio: os metais tiveram sua estrutura manipulada para ser mais sensíveis às marcas deixadas pelas partículas

O detector Atlas: com 25 metros de altura, o equipamento analisará milhões de colisões por segundo em busca do bóson de Higgs

Parker: "O LHC nos dá a possibilidade de revelar o que a natureza manteve escondido"

LINKS RELACIONADOS


• Edição especial de VEJA

Do nascimento do universo aos dias de hoje
• Especial O surgimento da vida - Da sopa primordial de moléculas até o homem
• Especial Por que os cientistas querem encontrar o bóson de Higgs
• Especial O Big Bang - Tudo começou com uma súbita expansão
• Em vídeo Imagens da experiência realizada em solo europeu


Fonte: Revista Veja

domingo, 31 de agosto de 2008

QUATRO PASSOS PARA TURBINAR SUA MEMÓRIA


Sofrer com brancos na hora de fazer uma prova ou realizar uma apresentação em público. Esquecer compromissos, datas importantes, nomes e fisionomias. Com o estresse e o excesso de informações a que somos expostos no dia-a-dia, os lapsos de memória são cada vez mais freqüentes e, acredite, eles não têm nada a ver com a idade.(lentidão de aprendizagem pode ser dislexia, identifique).

Já existem pesquisas apontando que a memória não se degenera com o passar dos anos. Um jovem de 25 anos tem apenas 3% a mais de células cerebrais que uma pessoa de 70 anos. Os neurologistas sabem que outros fatores têm muito mais influência sobre a deterioração da memória, quando em comparação à idade avançada. São eles:

*Estresse: que produz cortisol e noradrenalina, hormônios inimigos da memória.
*Traumas psicológicos e recalques: casos em que se esquece o que é insuportável lembrar.
*Ansiedade e depressão.
*Cansaço.
*Drogas e medicamentos.

No combate aos efeitos, causados por eles, os especialistas contam com um esquadrão poderoso. A receita inclui desde uma alimentação caprichada
(encontre uma dieta saudável que vai ajudar você a manter o peso) até exercícios e -- comemore! -- passatempos de jornal. Veja abaixo e tire proveito dessas descobertas!

1. Alimentos para a memória
(saiba mais sobre os orgânicos)
Para garantir que os neurotransmissores serão eficazes na transmissão de informações entre células nervosas, invista em alimentos antioxidantes. A quantidade a ser ingerida dever ser recomenda pelo seu médico.


Vitamina B12
Frutos do mar, algas, peixe, laticínios, grãos germinados, levedo, alface.

Vitamina B15
Amêndoa do damasco, arroz, grãos germinados, levedo.

Vitamina C
Hortaliças e frutas: limão, laranja e cenoura; pimenta vermelha seca (saiba mais sobre o efeito ardido e use-o a favor da dieta).

Vitamina E
Óleo de gérmen de trigo, grãos germinados, abacate, gema de ovo.

Colina
Gema de ovo (ovo faz bem, veja os motivos), espinafre cru, soja germinada, levedo, nozes.

Selênio
Levedo, ovo, alho e cebola.

Zinco
Frutos do mar, peixe, laticínios, gérmen de trigo, levedo, maxixe.

2. Exercícios físicos e meditação
*Exercícios físicos para melhorar a capacidade respiratória e, por sua vez, o fluxo sangüíneo no cérebro e sua oxigenação, os exercícios físicos regulares são amplamente recomendados.
(faça em casa suas aulas favoritas)
*Meditação aliada à respiração profunda, melhora a memória, a percepção, a concentração, a agilidade motora e reduz o estresse. Para meditar, basta reservar poucos minutos do dia, escolher um local tranqüilo e uma posição mais confortável. Preste atenção em sua respiração e não dê corda aos pensamentos que vão surgir. Tente deixar a mente em branco. (escolha a melhor técnica e comece a meditar)

3. Jogos mentais
Quem diria. Jogos como palavras cruzadas, Su Doku, xadrez, puzzles, leituras diversificadas e outros exercícios que estimulem a atividade mental são essenciais para combater a falta de memória.

4. Terapia
Fatos traumáticos que estão esquecidos em um canto do inconsciente continuam a gerar sofrimento, isso porque eles se manifestam em outras circunstâncias aparentemente sem importância. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, dizia que tudo aquilo sobre o qual não podemos falar torna-se um sintoma. Sofrimento recalcado é como uma ferida com pus. Vai latejar até você drená-la. Terapia é uma alternativa eficiente para esses casos.
(veja aqui se você está pronto para enfrentar seus fantasmas)


sábado, 16 de agosto de 2008

Corais brasileiros ameaçados - Avanço de doenças pode provocar extinção de espécie endêmica em menos de 100 anos

Coral-cérebro (Mussismilia braziliensis) doente pela praga branca, que pode levar à extinção da espécie entre 2057 e 2077 (fotos: Ronaldo Francini-Filho).


Uma espécie de coral tipicamente brasileira corre o risco de desaparecer das águas. É o que mostra uma pesquisa realizada no banco de Abrolhos, na Bahia, o complexo de recifes que concentra a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. O estudo detectou pelo menos seis doenças em diversas espécies de corais, principalmente o coral-cérebro (Mussismilia braziliensis), que pode ser praticamente extinto nos próximos 70 anos se essas enfermidades continuarem a se intensificar.
A doença mais representativa encontrada foi a chamada praga branca, caracterizada pela exposição de pedaços do esqueleto calcário do animal. Ela não deve ser confundida com o fenômeno do branqueamento, em que os corais perdem as microalgas que vivem em seus tecidos, responsáveis por seu colorido vivo.
“Com a perda dessas microalgas, vemos o esqueleto calcário branco do coral encoberto por seu tecido vivo transparente”, afirma o biólogo Ronaldo Francini-Filho, da Universidade Federal da Bahia, que coordena a pesquisa. “No caso da praga branca, não se trata de um tecido vivo, mas uma área morta com o esqueleto exposto.”

Além da praga branca, os cientistas identificaram outras cinco doenças em diversas espécies de corais do banco de Abrolhos, como a gorgônia orelha-de-elefante (Phyllogorgia dilatata).
O monitoramento do recife de Abrolhos é realizado desde 2001, mas somente em 2005 começaram a ser observadas doenças nos corais. Para avaliar a progressão da praga branca no coral-cérebro, os pesquisadores fotografaram colônias doentes em intervalos de 90 dias. “Afixávamos pregos nas áreas brancas para que pudéssemos tirar a foto do mesmo ângulo no período seguinte”, conta Francini-Filho. “Com isso, calculamos quanto tecido a doença matava por dia, o que nos permitiu fazer as projeções da progressão dessa enfermidade.”
As previsões apontam a perda de 60% da cobertura de corais-cérebro até 2100, se o cenário atual for mantido. Porém, se a proliferação da praga branca se intensificar, as conseqüências serão desastrosas, com a espécie praticamente extinta entre 2057 e 2077.
Os autores do estudo são pessimistas quanto à progressão das doenças. “Com o contexto de aquecimento global, sua intensificação é esperada”, prevê Francini-Filho. A elevação da temperatura da água e da quantidade de nutrientes trazidos pela poluição causada pelo ser humano criou um ambiente mais propício para a proliferação dos agentes causadores das doenças dos corais.
A ameaça põe em risco todo o ecossistema em que esses corais estão inseridos. “O coral-cérebro é um dos principais construtores dos recifes de Abrolhos”, explica Francini-Filho. “Os peixes dependem da estrutura rígida dos recifes. Se a principal espécie responsável por isso morrer, as conseqüências para eles serão muito sérias.” Sem os peixes, a própria reprodução dos corais estaria comprometida, já que eles se alimentam das algas e liberam espaço para a fixação de corais recém-nascidos.


Os peixes herbívoros são essenciais para a recuperação dos recifes, pois eles se alimentam das algas e deixam o espaço livre para a fixação de novos corais.


Como evitar a extinção?
Os autores do estudo acreditam que é possível reverter esse quadro de extinção anunciada: a recuperação depende basicamente da reprodução dos corais. Mas isso não adiantará se fatores como a poluição e o aquecimento global não forem combatidos. Para isso, é fundamental a implantação de políticas públicas que assegurem a recuperação dos corais.

A ameaça aos corais põe em risco todo o ecossistema do banco de Abrolhos, que apresenta a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul.


“São necessárias ações em diferentes escalas”, enumera o biólogo Rodrigo Leão de Moura, coordenador do programa de Ciência da ONG Conservação Internacional e co-autor do estudo. “Em nível local, é preciso que haja a implementação adequada das áreas protegidas, o melhor uso da zona costeira, a recuperação de bacias hidrográficas e a ocupação ordenada da faixa litorânea. E, em nível mundial, precisamos combater o aquecimento global.”
Leão destaca que a ameaça aos corais de Abrolhos é um alerta para a situação dos oceanos. “Os corais são um termômetro da saúde do oceano, pois sofrem antes de outros grupos os efeitos do aquecimento global e da poluição”, explica. “Estamos levantando o problema e convidando para o debate. É o primeiro passo para que sejam tomadas medidas concretas e ações políticas.”
A próxima etapa da pesquisa consiste em identificar os agentes responsáveis pelas doenças que ameaçam os corais, que se dividem entre bactérias, fungos e vírus. O levantamento já está sendo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, outra instituição participante do estudo, que conta também com pesquisadores da Universidade de Boston (Estados Unidos) e da Conservação Internacional.
Tatiane Leal Ciência Hoje On-line 14/08/2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A "BARATA" GIGANTE

Anda circulando pela internet uma notícia sobre uma "barata" ou tatuí gigante, pesando cerca de 5 quilos e com 60 centímetros mais ou menos, que teria sido encontrado num esgoto em São Paulo.
De acordo com a história, um funcionário teve sua perna mordida pelo bicho e levou três pontos.
Essa é uma de muitas versões que circularam pela internet.
Na verdade não é uma barata, nem mesmo inseto. De acordo com o jornal JB Online, o bathynomus é muito comum em águas profundas. Ele pode chegar, em média, a 35 centímetros e pesar aproximadamente um quilo.
E mais: não foi encontrado em nenhum esgoto. Esse animal teria sido encontrado por uma empresa (provavelmente a Petrobrás) enquanto realizava operações no fundo do mar.


Leia as informações completas na página do JB Online.


Olha só as imagens!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

BAHIER, O LIGRE

A mistura de um leão com um tigre resultou no maior felino conhecido hoje: um Ligre.

Bahier, um “ligre” (filho de um leão macho e de uma tigresa), em seu recinto no zoológico Arca de Noé, em Grömitz na Alemanha.
Além de Bahier, o zôo também possui em seu “elenco” uma fêmea de ligre, chamada Cilly. Os animais normalmente são o resultado de um cruzamento acidental entre as duas espécies de grandes felinos. Por causa de sua natureza híbrida, eles costumam ser muito maiores que um leão ou tigre: há registros de ligres com 450 kg, enquanto os tigres não passam dos 300 kg e os leões machos têm, no máximo, 225 kg.
Embora os ligres machos sejam estéreis, as fêmeas híbridas são capazes de ter filhotes.
Veja o vídeo!

Fonte: AcrediteSeQuiser.NET!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Geleira na Patagônia desaba no inverno

Da BBC Brasil


Pela primeira vez desde 1917, cientistas registraram desabamentos nas geleiras de Perito Moreno, na Argentina, durante o inverno. A ruptura é também a primeira registrada desde março de 2006. A geleira fica a poucos quilômetros da cidade turística de El Calafate, na província de Santa Cruz, na Patagônia. Desabamentos como o registrado nesta semana são raros por estarem acontecendo em pleno inverno argentino.


Pela primeira vez desde 1917, cientistas registraram desabamentos nas geleiras de Perito Moreno durante o inverno.


Um morador afirmou que rupturas como essas nunca ocorrem nesta época do ano, mas sim entre março e abril, quando as temperaturas não são tão baixas. Em tempos de mudança climática, é natural que o fenômeno seja creditado a isso, mas vários cientistas argentinos dizem que os desabamentos tem mais a ver com o alinhamento da geleira de Perito Moreno em relação à terra firme do que com aquecimento global. De acordo com os especialistas, Perito Moreno é a única geleira na Argentina que ainda mantém um equilíbrio entre a água perdida e a acumulada ao longo das estações do ano. A geleira tem 3 km de largura e se estende por 200 km cúbicos debaixo d'água. Ela fica, em média, 70 metros acima da superfície do lago na qual se encontra.


ASSISTA o vídeo aqui.


*Para assistir ao vídeo, é necessário desativar o anti-pop-up e ter o Real Player instalado
NomeOrigem("Ciencia e Saude - Noticias - BBC");
do UOL Ciência e Saúde

terça-feira, 8 de julho de 2008

Para os que gostam de Orkut, Facebook, Limão, etc. - Pessoas felizes atraem pessoas felizes...

...e pessoas tristes tendem a ter pessoas tristes ao seu redor. Isso é o que mostra o estudo do sociólogo Nicholas Christakis e do cientista político James Fowler. Com base nos dados de um projeto que vem monitorando o estado emocional e de saúde das pessoas da cidade de Framingham, em Massachusetts (EUA), desde 1948, eles mostram que as emoções, além de serem imediatamente contagiosas a pequenas distâncias, também se distribuem em redes de interações sociais de longo alcance - como a internet.
É isso aí: pessoas que colocam fotos sorridentes em seus perfis em sites de networking social, como o Facebook, tendem a se associar com outras de avatares também sorridentes - e os carrancudos também se preferem uns aos outros.

E mais: os sorridentes tendem a ter mais "amigos" no Facebook do que os não-sorridentes.
Curioso pensar que o número de "amigos" ligados à sua página pessoal pode mudar se você apenas... sorrir!

Fonte: The secret of happiness: grinning on the internet
Copyright © 2007, Suzana Herculano-Houzel. All rights reserved.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

ENTENDA O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS

As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais. Elas podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Entretanto, o método de sua obtenção é polêmico, já que a maioria das técnicas implementadas nessa área exige a destruição do embrião.
A forma mais comum de obtenção destas células ainda é por meio de embriões congelados. Nesta técnica, óvulos fertilizados em clínicas de reprodução assistida se desenvolvem até o estágio conhecido como blastocisto. Após chegar a este estágio, o embrião é destruído e as células-tronco são removidas.
Outra forma que também prevê a destruição do embrião é o procedimento conhecido como clonagem terapêutica. A técnica é a mesma utilizada para criar a ovelha Dolly.
Pelo procedimento, células adultas extraídas da pele humana tem sua carga genética (núcleo) retirada e fundido com um óvulo sem núcleo. O núcleo implantado no óvulo "oco" é então estimulado a se dividir, produzindo um blastocisto.
Até hoje, no entanto, nenhuma linhagem de células-tronco humana foi derivada dessa forma.
Ambas as técnicas recebem objeções de ativistas contrários ao direito ao aborto. Segundo eles, a destruição dos embriões representa a morte de uma forma de vida humana.
Alternativas
Uma nova técnica anunciada no ano passado utiliza células humanas adultas da pele para criar células-tronco embrionárias "induzidas".
A técnica, que ainda está em fase experimental, consiste em fazer com que as células da pele "voltem no tempo" e passem a agir como se fossem as versáteis células-tronco embrionárias, conseguindo posteriormente se diferenciar em outros tecidos do corpo.
Uma alternativa à utilização das células embrionárias é a utilização de células-tronco adultas derivadas de tecidos do organismo, como a medula óssea e cordão umbilical. Estas, no entanto, têm capacidade limitada de diferenciação.
Células adultas já são usadas em terapia experimental atualmente, no tratamento de algumas doenças como leucemias, mal de Chagas, diabetes e anemia falciforme.
Debate ético
Recentemente, cientistas norte-americanos anunciaram uma descoberta que, caso confirmada, pode pôr fim à polêmica envolvendo a utilização de células de embriões. Os pesquisadores afirmam ter conseguido produzir células-tronco embrionárias sem a necessidade de destruir o embrião.
O novo método consiste em retirar uma única célula do embrião --seguindo um procedimento utilizado em clínicas de fertilização in vitro para fazer diagnósticos de defeitos genéticos. A retirada é feita ainda nos estágios iniciais do embrião, quando ele é formado por poucas células.
De acordo com os pesquisadores, o método em geral não prejudica o embrião, que é congelado e supostamente pode ser utilizado em um futuro processo de fertilização.
É preciso ressaltar, entretanto, que a mesma empresa havia divulgado o mesmo feito em agosto de 2006, na conceituada revista "Nature". Porém, no mesmo ano os cientistas publicaram uma "correção" do artigo na revista, afirmando que os embriões utilizados na pesquisa foram, sim, destruídos.

Com Folha de S.Paulo

domingo, 6 de abril de 2008

Astrônomo divulgam imagens de "tsunami solar"


Astrônomos capturaram as primeiras imagens de um "tsunami solar" varrendo a atmosfera do Sol a mais de 1 milhão de quilômetros por hora.
O evento foi registrado por câmeras das espaçonaves gêmeas Stereo, da Nasa, em maio do ano passado, mas só foram divulgadas agora.
Este tipo de tsunami - que naturalmente não envolve água, mas uma onda de pressão - é causado por uma explosão próxima ao Sol, que faz com que um pulso se propague em um padrão circular.
O fenômeno que aparece nas imagens durou, ao todo, cerca de 35 minutos, atingindo seu auge 20 minutos depois da explosão inicial, e foi estudado por cientistas do Trinity College, na Irlanda.
"A energia liberada nestas explosões é fenomenal, cerca de 2 bilhões de vezes maior do que o consumo anual de energia da Terra em apenas uma fração de segundo", disse David Long, um dos especialistas que estudou o fenômeno. meia hora, vimos o tsunami cobrir quase todo o disco solar."
Os astrônomos envolvidos na pesquisa dizem que o fenômeno foi apelidado de "tsunami solar" porque a onda de pressão no Sol se move exatamente como um tsunami na Terra, só que com gás quente no lugar da água.


BBC - Brasil

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

É isso mesmo!









Agora vamos ter um blog de Ciências!!! Ainda está em construção, mas quando estiver pronto... AGUARDEM E VERÃO! E por falar em VERÃO, mesmo com a chuva que cai de vez em quando, não esqueçam do filtro solar, ok?!


Até mais!

Quer saber mais sobre vulcões e sobre terremotos?

terremoto

Confira os posts sobre o assunto! Conheça causas, efeitos e entenda o que são essas manifestações da natureza!
krakatoa.jpg

Vulcões e terremotos

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas de manifestação da dinâmica interna terrestre. As placas tectônicas, conforme a teoria da Tectônica de Placas, incluem continentes e partes de oceanos, que movem-se em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.

Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

Saiba mais, lendo os posts sobre vulcões e terremotos!

Abaixo, entenda a Escala Richter!

Escala Richter

Escala Richter

Vídeo sobre terremotos e vulcões