A palavra átomo origina-se do grego e significa "indivisível". Filósofos da antiga Grécia antes de Cristo, entre eles Demócrito, acreditavam que tudo era formado por partículas indivisíveis chamadas átomos.
Entre os séculos XVIII e XIX, um inglês chamado John Dalton realizou alguns experimentos e concluiu que todas as substâncias são formadas por átomos, que os átomos se parecem com esferas maciças e que átomos do mesmo elemento químico são iguais e não podem ser criados ou destruídos.
No entanto, o tempo provou que tanto os gregos quanto Dalton estavam enganados ao afirmarem que o átomo é indivisível. A ciência já provou que o átomo pode sim ser dividido (em certos casos, essa divisão do átomo gera uma energia muito grande, a mesma liberada, por exemplo, pela explosão de uma bomba nuclear). Dalton também estava errado em afirmar que os átomos não são criados nem destruídos. Com a tecnologia atual, tanto um fato quanto o outro são possíveis. Mesmo fora dos laboratórios, átomos radioativos como o urânio e átomos de rádio sofrem sofrem desintegração natural, perdendo algumas de suas partes e energia. Nas estrelas como o Sol, por exemplo, átomos de hidrogênio são criados e se fundem originando átomos de hélio pelo processo denominado fusão nuclear.
No final do século XIX e início do século XX, houve grandes avanços no estudo do átomo. Um cientista inglês, Joseph J. Thomson, propôs um modelo atômico que levava em consideração a natureza elétrica dos materiais. Realizando elaborados experimentos com descargas elétricas em gases, Thomson foi capaz de concluir que existem partículas menores do que o átomo e que são dotadas de cargas elétricas. Segundo Thomson, o átomo seria uma esfera de carga positiva com partículas negativas menores mergulhadas em sua superfície.
Entretanto, outros cientistas propuseram, com base em experimentos extremamente sofisticados, outra forma de imaginar o átomo. Em 1911, Ernest Rutherford concluiu que o átomo tinha duas partes: uma central (núcleo), composta de pequenas partículas positivas denominadas prótons, e outra externa (eletrosfera), com pequenas partículas de cargas negativas (elétrons) que ficam girando em torno do núcleo.
Outro grande feito de Rutherford foi ter sugerido a existência do nêutron, comprovado experimentalmente em 1932 pelo cientista inglês James Chadwick (1891-1974).
Brilhantes cientistas como Neils Bohr, Werner Heisenberg, Max Planck e Linus Pauling, ajudaram a compreender melhor os mistérios que cercam a estrutura atômica até se chegar ao modelo atual.
FONTE: Livro do 9º ano da Editora FTD, Ciências Novo Pensar - Química/Física. Autores: Demétrio Gowdak e Eduardo Martins.