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segunda-feira, 29 de julho de 2019

A MUMIFICAÇÃO - UMA VIAGEM DA ARTE NA HISTÓRIA E NA CIÊNCIA


FEIRA DE CONHECIMENTOS 2019 – 7ºA


Introdução (objetivo da mumificação)

     De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.
      O que é mumificação? Trata-se de um método de preservação de cadáveres que diminui drasticamente a intensidade da decomposição.
O método de mumificação era bastante utilizado na Antiguidade
O método de mumificação era bastante utilizado na Antiguidade
O método de mumificação era bastante utilizado na Antiguidade
     Define-se mumificação como o fenômeno natural ou artificial de preservação de um corpo. Nesse processo, a putrefação ocorre vagarosamente, ao longo de muitos e muitos anos.
A ideia de manter um corpo em bom estado após a morte foi colocada em prática por diversas civilizações, como maiasincas e egípcios. Quimicamente falando, a mumificação é um procedimento realizado para tornar mais lento ou interromper o impiedoso processo de decomposição do corpo. Para alcançar esse objetivo, é fundamental eliminar a ação das enzimas (lípases, proteases e amilases) e micro-organismos responsáveis pelo processo, privando-os da presença de água e também do ambiente químico de que necessitam para atuar.

Substâncias utilizadas na mumificação.

·         Natrão: uma mistura de diversos sais, como o cloreto de sódio, carbonato de sódio, bicarbonato de sódio e sulfato de sódio;
·         Betume: líquido viscoso e escuro que é composto por tipos diferentes de hidrocarbonetos;
·         Mirra: uma resina proveniente de pequenas árvores do gênero Commiphora;
·         Bálsamo de cedro e cominho: líquido extraído dessas plantas, o qual apresenta odor agradável;
·         Cera de abelha.


Etapas do processo de mumificação artificial egípcia

·         1º Passo: Retirada do cérebro pelas narinas. Essa etapa era realizada com o auxílio de pinças de metal;

Representação da retirada do cérebro durante o processo de mumificação
Representação da retirada do cérebro durante o processo de mumificação

·         2º Passo: Retirada da maioria dos órgãos internos a partir de um corte realizado do lado esquerdo do corpo. Apenas o coração não era retirado porque se acreditava que as emoções ficavam armazenadas nesse órgão.
 Representação da retirada dos órgãos durante o processo de mumificação
Representação da retirada dos órgãos durante o processo de mumificação

Obs.: Durante algum tempo, os órgãos também eram submetidos ao processo de mumificação, com exceção do cérebro.

·         3º Passo: Cobria-se o corpo com a mistura de sais denominada de natrão e colocava-se essa mistura também no interior do corpo, durante 40 a 72 dias, com o objetivo de retirar toda a água do corpo;
Secagem do corpo


·         4º Passo: Lavava-se o corpo para retirar o natrão a partir de bálsamo e óleos essenciais;

·         5º Passo: O corpo era enfaixado com panos feitos de linho.
Enfaixamento do corpo

     Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam. 


     Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.

Curiosidades: 


- Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós e sacerdotes eram mumificados.

- Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo.



Múmia egípcia num sarcófago aberto
Múmia egípcia num sarcófago aberto (fonte: Museu do Vaticano).
Métodos de conservação dos corpos utilizados atualmente

     Há muito tempo as sociedades não apresentam mais a preocupação em preservar o corpo de pessoas falecidas. Porém, muitas vez, é necessária a preservação do corpo em virtude da distância entre o local do falecimento e o local onde o corpo será velado e enterrado.
     Umas das formas mais utilizadas de preservação é o embalsamamento. Hoje em dia, utiliza-se o formaldeído (formol) misturado com o fenol comum para conservar o corpo para o funeral. Essa mistura é injetada no organismo após a retirada de fluidos corporais, como o sangue. Após a evaporação do formaldeído, começa a ocorrer a ação microbiana, que causa a degradação do corpo.
     Ao longo da história, algumas técnicas de preservação a longo prazo foram testadas e utilizadas, a saber:
·         Para a preservação do corpo do líder soviético Vladimir Lenin (morto em 1924), o corpo dele foi eviscerado (retiradas as vísceras), limpo com água destilada e ácido acético, findando-se a lavagem com formalina para secar. Por fim, mergulharam o corpo em um tanque com glicerina, acetato de potássio, água e cloreto de quinina;

·         Plastinação: é um processo que substitui fluidos de cadáveres por materiais plásticos (silicone, resina de epóxi e poliéster) para que as partes do corpo adquiram plasticidade. Esse método tem sido empregado para preservar corpos para estudos.

Bibliografias:
·          DIAS, Diogo Lopes. "O que é mumificação?"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-mumificacao.htm.


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Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

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