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sábado, 26 de novembro de 2016

A ASTRONOMIA: NO PASSADO E HOJE


O DIA E A NOITE

     Dia-noite, claro-escuro, Sol-Lua, dormir-acordar, tudo isso faz parte de uma rotina constante. Somos regulados por essa alternância tão natural que nem percebemos. Em nosso corre-corre sequer paramos para pensar no porquê dessa sucessão de dias e de noites. Mas, se hoje não nos preocuparmos em pensar sobre isso, no passado muitos estudiosos buscavam respostas para essa questão.

     Podemos imaginar que estas explicações dadas naquela época fossem muito simples, tais como: os dias e as noites são resultado do movimento do Sol ao redor da Terra; o Sol se esconde atrás das montanhas; a Lua esconde o Sol. Muitas vezes, as respostas para os questionamentos envolviam religião e magia, mas, em geral, baseavam-se na ideia de que o Sol se movia ao redor da Terra.

     Até o século XVI, era assim que os homens explicavam o aparecimento dos dias e das noites: de dia o Sol se movia ao redor da Terra e, à noite, se “escondia” do outro lado dela.

     Para sermos bem exatos, filósofos gregos, como Filolau de Crotona (século V a.C.) e Aristarco de Samos (310-230 a.C.) pensaram diferente. Para Filolau, a Terra teria movimento, e Aristarco acreditava que a Terra se movia ao redor do Sol.

     Essas ideias não foram aceitas e acabaram quase esquecidas, superadas pelas ideias de Aristóteles (384-322 a.C.) e de Ptolomeu (87-150 a.C.) que afirmavam que a Terra era fixa no centro do Universo. Essa ideia foi chamada de modelo geocêntrico (do grego, geo = terra; kentron = centro). O modelo geocêntrico influenciou o pensamento ocidental por mais de 1400 anos.
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Representação do modelo geocêntrico de Ptolomeu feita em 1893

NOVAS IDEIAS

     Em 1513, Nicolau Copérnico (1473-1543), em matemático e astrônomo polonês, construiu uma torre sem teto onde trabalhava sozinho, fazendo observações do céu a olho nu, ou seja, ele observava o céu sem o auxílio de instrumentos ópticos, com a luneta. À medida que fazia e refazia antigos cálculos, sua insatisfação com o modelo geocêntrico aumentava. Finalmente, ele percebeu que era preciso criar novas propostas. Assim, sugeriu que o Sol fosse colocado no centro do Universo e que a Terra fosse entendida como mais um planeta girando ao seu redor. Era a teoria heliocêntrica (do grego, heliós = Sol; kentron = centro).

GALILEU E O TELESCÓPIO

     No inicio do século XVII, o italiano Galileu Galilei (1564-1642) construiu suas lunetas e as direcionou para o céu: eram os primeiros telescópios. Com eles estudou a Lua, observou as estrelas e os planetas. Tudo que viu só fez aumentar suas dúvidas sobre o sistema geocêntrico.
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Galileu Galilei observando os planetas em seu telescópio

     Ao observar que o planeta Vênus, assim como a Lua, apresenta fases, Galileu passou a defender o sistema heliocêntrico.

TELESCÓPIO

     Galileu não inventou o telescópio. Esse instrumento teve seu pedido de patente registrado em 1608 por um fabricante de óculos, Hans Lippesrshey, que colocou duas lentes, uma em cada extremidade de um longo tubo e, com este equipamento rudimentar, percebeu que era possível ver à distância.

GALILEU E A IGREJA CATÓLICA

     Como dissemos, o sistema heliocêntrico alterava praticamente todas as bases da Astronomia e também gerava conflitos com ensinamentos religiosos da época. Por isso, quando publicou o Diálogo sobre os dois grandes sistemas do Univeso, Galileu foi chamado à Roma para se explicar. Foi considerado herege e condenado, passando o resto de sua vida em  prisão domiciliar.

     Somente em 1992, o papa João Paulo II pediu perdão pela condenação de Galileu.

AS IDEIAS DE GALILEU

     As fases de Vênus eram a prova de que ele se movimentava. Então, se Vênus tinha movimentos, por que a Terra também não os teria? E que movimentos eram esses?

     Galileu concluiu que o planeta Vênus se movia ao redor do Sol e ao redor de seu próprio eixo. Portanto, era bem provável que a Terra também fizesse esses movimentos.

     Mas, como isso se relaciona à nossa dúvida sobre a origem dos dias e das noites?

DIAS E NOITES

     Se admitirmos que a Terra se move ao redor de seu eixo imaginário, é bem fácil entender o fenômeno dia-noite. Quando o lado oposto a esse fica na sombra, é noite. E como o movimento terrestre é lento, a passagem de uma condição luminosa à outra é lenta, a claridade vai surgindo devagar ao amanhecer e desaparecendo ao anoitecer. Esse movimento da Terra ao redor de seu eixo imaginário é chamado de rotação.
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O movimento de rotação da Terra é responsável pelo fenômeno dos dias e das noites.

     Dia solar é o tempo médio que leva para que o Sol, visto da Terra, volte ao mesmo ponto no céu. Esse intervalo de tempo é dividido em 24 partes, então, podemos dizer que uma hora solar dura 1/24 e , portanto, um dia tem 24 horas.

     Como vimos, a Terra gira ao redor de seu eixo imaginário, realizando o movimento de rotação. Agora, vamos entender outro movimento realizado por ela: o movimento orbital, também conhecido como movimento de translação.
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O movimento de translação da Terra é responsável pelo fenômeno das estações do ano.

     Nesse caso, nosso planeta se movimenta ao redor do Sol, percorrendo um caminho quase circular que recebe o nome de órbita. A órbita terrestre é uma longa jornada que mede pouco menos de 1 bilhão de quilômetros, percorrido em 365,25 dias, isto é , um ano. Então podemos dizer que um ano é o tempo de uma viagem de aproximadamente um bilhão de quilômetros que a Terra faz em torno do Sol.

     A sucessão de anos acontece porque é como se a Terra iniciasse um percurso que a levasse a retornar a seu ponto de partida, reiniciando o caminho a cada 365,25 dias. Do mesmo modo, a cada recomeço, muitos fenômenos astronômicos que acontecem ao longo da trajetória da Terra também se repetem.

     Esses fenômenos têm reflexo sobre nosso planeta. Por exemplo, você sabe que, ao longo do ano, podemos notar várias mudanças no meio ambiente físico, isto é, nas condições ambientais: as temperaturas (aumentam ou diminuam), as chuvas (ficam mais ou menos frequentes), a luminosidade se altera (escurece mais cedo ou mais tarde).

O SOL
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O Sol é a estrela mais próxima do planeta Terra
     Como todas as estrelas que vemos no céu à noite, o Sol também é uma estrela, porém, ele está muito mais perto da Terra do que qualquer uma das que podemos observar. Sua distância média é de “apenas” 150 milhões de quilômetros aproximadamente.

     O Sol é apenas uma entre as mais de cem quintilhões (100 000 000 000 000 000 000) de estrelas que se supõe existir em todo o Universo.

     Apesar de não ser a maior nem a mais quente, o Sol é, para nós, a mais importante das estrelas.
     Comparando com o restante do Sistema Solar, tudo o que se refere ao Sol é maior: sua estrutura gigantesca compõe 99,8% da massa de todo o Sistema Solar.

     Mas, se o Sol lhe pareceu imenso, saiba que ele é uma estrela relativamente pequena; há outras muito maiores.

A LUA

     As pessoas em geral têm muitas certezas relacionadas à influencia da Lua como por exemplo, nascem mais bebês na lua cheia. Porém, essas certezas não são cientificamente provadas, e são vistas pelos pesquisadores como lendas, mitos, folclore ou senso comum.
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Lua, único satélite natural da Terra

     Então a Lua não exerce nenhuma influência sobre a Terra?

     Exerce sim, muita, mas não da forma como as pessoas costumam acreditar.

AS FASES DA LUA

     Uma noite de lua cheia é um espetáculo lindo e, apesar de a Lua apenas refletir a luz do Sol, seu grande disco prateado é capaz de clarear a mata ou o oceano, servindo como importante fonte de orientação para os animais.
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Fases da Lua

     Observe a Lua durante aproximadamente um mês (29,5 dias). Você verá que ela vai mudando de aspecto: de cheia, vai diminuindo até chegar à fase quarto minguante; então, continua diminuído e dá a impressão de ter desaparecido, é a fase de lua nova. A partir daí, podemos vê-la de novo com um fino C, que vai ficando mais largo até chegar à fase quarto crescente, continua aumentando para passar à fase de lua cheia, momento em que o ciclo recomeça.

     E por que a Lua nos mostra aspectos diferentes a cada dia?

     A Lua é uma esfera, e como tal, ao ser iluminada pelo Sol, só uma de suas metades reflete a luz, como a Lua se move ao redor da Terra, nem sempre estamos em posição de vê-la inteiramente iluminada.

     Se observarmos a Lua e a Terra de um ponto distante no espaço, veríamos que o movimento dos dois ao redor do Sol é parecido.

O SISTEMA SOLAR
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Configuração do Sistema Solar 

     O Sistema Solar compreende aquilo que poderíamos chamar de “domínios do sol”. Com seu tamanho gigantesco, ele é o centro de todo um sistema complexo formado por oito planetas, alguns planetas anões e um número não definido de corpos pequenos, categoria em que estão incluídos os asteroides e os cometas.

     Da perspectiva da Terra, o Sistema Solar é imenso, porém, comparado a outros corpos do Universo, ele é muito pequeno. Já vimos que o Sol é uma estrela relativamente pequena se comparada a outras que podem ser milhares de vezes maiores do que ele. Mas se o tamanho não chama atenção, foi no Sistema Solar que se formou o único planeta em condições de desenvolver e abrigar um número ainda não definido de espécies de seres vivos: o nosso planeta Terra. Pelo menos isso é o que sabemos até hoje...

COMO É O SISTEMA SOLAR

     Seria ideal se tivéssemos uma “fotografia de corpo inteiro” do Sistema Solar. No entanto, como ele é gigantesco, tudo o que temos quando queremos representá-lo são apenas desenhos. Além disso, distâncias tão grandes e tamanhos tão diversos não permitem uma representação cientificamente correta. Os espaços entre as órbitas são variados: alguns menores, outros maiores, e sempre imensos.

     Quando olhamos para a ilustração de um cinturão de asteroides, por exemplo, em que existem milhares de corpos, parece que há a formação de uma barreira intransponível. Porém, ainda que ali existam milhares de asteroides, eles se espalham por um espaço tão grande que seria possível atravessá-lo sem ver sequer um deles.

     Do mesmo modo, as imagens dos planetas e do Sol dificilmente estão representadas em proporções compatíveis com a dimensão real desses corpos, porque, se assim fosse, os planetas menores praticamente não apareceriam nessas representações.

     A partir de 2006, os especialistas consideraram que o Sistema Solar possui somente oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Plutão, que era considerado o último planeta do Sistema Solar, passou a ser classificado com um planeta anão, pois é muito pequeno (menor até que a nossa Lua) e com uma órbita bem diferente, em alguns momentos capaz até de cruzar a órbita de Netuno.

Fonte: conteúdo retirado do livro Ciências no século XXI - astronomia, água, ar e solo. Editora Atual. 6° ano. 
  
     
 


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Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

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