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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Gripe Suína - Influenza A H1N1 - Perguntas e respostas!

Os questionamentos são muitos, o medo é grande e a insegurança nos deixa preocupados. A intenção aqui, é diminuir as interrogações que nos rodeiam nesse tempo em que essa nova gripe se espalha pelo mundo. Já são, até hoje 24/07/2009, 29 óbitos no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Outras mortes ainda estão sendo investigadas.



43 PERGUNTAS E RESPOSTAS:


1 .- Q: Quanto tempo pode durar o vírus vivo em uma superfície?
R: Até 10 horas.

2. - Q: Qual a utilidade do álcool para limpar as mãos?
R: Deixa o vírus inativo e mata-o.

3 .- Q: Qual é o meio mais eficaz de infecção deste vírus?
R: O ar não é a forma mais eficaz de transmissão do vírus, o fator mais importante para a fixação do vírus é a umidade, (revestimento do nariz, boca e olhos), o vírus não voa e não atinge mais de um metro distância.

4 .- Q: É fácil a infectar-se em aviões?
R: Não é um meio propício.

5 .- Q: Como posso evitar a infecção?
R:Não levar as mãos ao rosto, olhos, nariz e boca. Não ter contato com pessoas doentes. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.


6 .- Q: Qual é o período de incubação do vírus?
R: Em média 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase que imediatamente.

7 .- Q: Quando você deve começar a tomar medicação?
R: Se tomada até 72 horas depois, as perspectivas são muito boas, a melhora é de 100%

8 .- Q: Qual é a forma como o vírus entra no corpo?
A: Contato ao dar a mão ou beijar na bochecha. Ele penetra pelo nariz, boca e olhos.

9 .- Q: O vírus é letal?
R: Não, o que provoca a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é pneumonia

10 .- Q: Quais os riscos dos familiares de pessoas que morreram?
R: Elas podem ser portadoras e formam uma cadeia de transmissão.

11 .- Q: A água nas piscinas transmite o vírus?
A: Não, porque ele contém substâncias químicas e clorados

12 .- Q: O que faz o vírus para provocar a morte?
R: Uma cascata de reações, tais como insuficiência respiratória, a pneumonia grave é a causa da morte.

13 .- Q: Quando pode iniciar o contágio, mesmo antes ou só quando os sintomas ocorrem?
R: Desde que se tenha o vírus antes dos sintomas

14 .- Q: Qual é a probabilidade de recaída com a mesma doença?
R: 0%, pois fica-se imune ao vírus.

15 .- Q: Onde é que o vírus se encontra no meio ambiente?
R: Quando uma pessoa contagiada tosse ou espirra , o vírus pode permanecer em superfícies lisas, como portas, dinheiro, papéis, documentos, desde que haja umidade. Uma vez que não se pode esterilizar o ambiente é extremamente recomendada higiene das mãos.

16 .- Q: Se eu for para um hospital particular podem cobrar-me o remédio?
R: Não, existe um acordo de não cobrar, porque o governo o está proporcionando a todas as instituições de saúde públicas e privadas.

17 .- Q: O vírus ataca mais os asmáticos?
R: Sim, esse pacientes são mais sensíveis, mas este é um germe novo, todos são igualmente suscetíveis.

18 .- Q: Qual é a população que este vírus está atacando?
R: 20 a 50 anos de idade.

19 .- Q: A máscara é útil para cobrir a boca?
R: Há algumas melhores do que outras, mas se você for saudável é contraproducente, pois o vírus, por seu tamanho, atravessa-a como se ela não existisse e usando a máscara, é criado dentro da área do nariz e da boca um microclima úmido favorável ao desenvolvimento do vírus. Mas se você já está infectado, melhor usá-la para evitar infectar outras pessoas, neste caso ela é relativamente eficiente.

20 .- Q: Posso fazer exercício ao ar livre?
R: Sim, o vírus não vai para o ar e não tem asas.

21 .- Q: Existe alguma vantagem em tomar vitamina C?
R: Não serve de nada para evitar a infecção por este vírus, mas ajuda a resistir aos sintomas.

22 .- Q: Quem está a salvo da doença ou quem é menos suscetível?
R: Não há ninguém a salvo, o que ajuda é a higiene dentro de casa, escritório, utensílios e não ir a lugares públicos.

23 .- Q: Será que o vírus se move?
R: Não, o vírus não tem nem pernas nem asas, só com um empurrão para entrar no interior do corpo.

24 .- Q: Os bichos de estimação podem propagar o vírus?
R: Este vírus não, talvez alguns outros vírus.

25 .- Q: Se eu for a um velório de alguém que morreu deste vírus posso infectar-me?
R: NÃO.

26 .- Q: Qual é o risco de mulheres grávidas com o vírus?
R: As mulheres grávidas têm o mesmo risco de qualquer pessoa, mas é por dois, elas podem tomar antivirais em caso de infecção, mas com rigorosa supervisão médica.

27 .- Q: O feto pode ter lesões se uma mulher grávida é infectada por este vírus?
R: Não sabemos o que pode acontecer, pois é um vírus novo.

28 .- Q: Posso tomar ácido acetilsalisílico (aspirina)?
R: Não é recomendado, pode causar outras doenças, a menos que tenha sido receitado para problemas coronários, nesse caso, deve-se continuar.

29 .- Q: Existe alguma vantagem em tomar antivirais antes dos sintomas?
R: Não é bom.

30 .- Q: As pessoas com HIV, diabetes, aids, câncer, etc. podem ter mais complicações do que uma pessoa saudável, quando do contágio pelo vírus?
R: Sim.

31 .- Q: A gripe convencional poderia tornar-se Influenza A?
R: NÃO.

32 .- Q: O que mata o vírus?
R: O sol, mais de 5 dias no ambiente, o sabão, os antivirais específicos, o álcool gel.

33 .- Q: O que fazer para prevenir infecções, nos hospitais, para outros pacientes que não têm o vírus?
R: Isolamento

34 .- Q. O álcool gel é eficaz?
R: Sim, muito eficaz.

35 .- Q: Se eu sou vacinado contra a gripe sazonal eu estou segura?
R: Não serve de nada, ainda não há vacina para o vírus.

36 .- Q: Este vírus está sob controle?
R: Não totalmente, mas estão sendo tomadas medidas agressivas de contenção.

37 .- Q: O que acontece com a mudança de alerta 4 para 5?
R: Fase 4 não é diferente da fase 5, só significa que o vírus se propagou de pessoa a pessoa em mais de 2 países, e a fase 6, é que se propagou para mais de 3 países.

38 ..- P. Quem foi infectado por este vírus e está saudável, é imune?
R: Sim.

39 .- Q: As crianças que têm tosse e constipações podem estar com a gripe A?
R: É pouco provável, as crianças são pouco afetadas.

40 .- Q: Quais medidas as pessoas que trabalham devem tomar?
R: Lave as mãos várias vezes ao dia.

41 .- Q: Eu posso pegá-lo ao ar livre?
R: Se as pessoas estão infectadas e tossem ou espirram perto de você, pode acontecer, mas o ar é um meio de pouco contágio.

42 .- Q: Pode comer porco?
R: Sim você pode e não há risco de contágio.

43 .- Q: Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está sob controle?
R: Embora a epidemia esteja controlada agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode retornar e provavelmente não haverá vacina ainda.



Fonte: Glaston Corporation.

Como vimos, o principal para prevenir a doença é a higiene. Espero que tenha ajudado a diminuir as dúvidas, ok?!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Meteorito raro encontrado em Arvorezinha

Geólogos identificam meteorito raro em Arvorezinha

O fragmento tem 50cm de comprimento, 40cm de largura e 24cm de altura e pesa 145 quilos

Foto da prefeitura de Arvorezinha mostra o fazendeiro Danilo Gozzi, o prefeito José Scorsatto e professores da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ao lado de meteorito encontrado numa plantação de milho. Com 50 cm de comprimento, 24 cm de altura e peso três vezes superior ao de uma rocha com suas medidas, ele será enviado ao Canadá junto de especialistas brasileiros para estudos químicos


Ao aplicar veneno na lavoura de milho de sua propriedade, na zona rural de Arvorezinha, o agricultor Danilo de Oliveira, de Arvorezinha, no Vale do Taquari, se surpreendeu com o que encontrou pelo caminho, na quinta-feira.

Caída no terreno, uma pedra pequena e pesada chamou sua atenção porque nunca esteve ali. Geólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) estiveram no local para realizar testes científicos e confirmaram: o fragmento se trata de um raro meteorito.



O meteorito é do tipo Siderito e é considerado raro pelo fato de que apenas 5% dos fragmentos já registrados serem desta classe — este pode ser o quarto localizado no Estado. Em todo o Brasil estão registrados 56 meteoritos, apenas 21 deste tipo.

Mas não é possível terminar a data da queda. Segundo o geólogo Antônio Pedro Viero, do Instituto de Geociências da Ufrgs, é provável que a rocha pertença ao núcleo de algum planeta. Antes de ser levado ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o meteorito vai passar por análises químicas no Canadá, cujo resultado vai ser publicado numa revista científica para registro oficial.

Este não é o primeiro meteorito encontrado no Vale do Taquari. Em 1937, a queda de um meteorito foi vista em Putinga, cidade a cerca de 20 quilômetros de Arvorezinha. O meteorito, de mais de 200 quilos, provocou buracos profundos no solo e até hoje atrai curiosos ao município. Uma pequena parte do meteorito — apenas 1,7 quilo da pedra — encontra-se exposta no museu local: é o único fragmento recuperado pela prefeitura até hoje.

— É provável que tenham outros e, por isso, os moradores devem ficar atentos. Este é um registro cientifico muito interessante —diz o geólogo Ari Roisenberg, da Ufrgs, que também esteve na cidade.

Nadine Lopes
RBS

A biologia dos gêmeos

Colunista apresenta explicações e curiosidades sobre esse fenômeno embriológico



Gêmeos no útero, magnífica imagem de 1754 do cirurgião William Smellie (1697-1763). Imagem: Wikimedia Commons.



Gêmeos são crianças nascidas no mesmo parto, ou seja, da mesma mãe e geralmente no mesmo dia. Formalmente eles podem ser de dois tipos:

• Gêmeos monozigóticos, também chamados de idênticos ou univitelinos, são produto da fertilização de um único óvulo, com posterior divisão do zigoto. Esses gêmeos são sempre do mesmo sexo e, de maneira geral, muito parecidos, chegando ao ponto de serem indistinguíveis. Eles têm genomas iguais.

• Gêmeos dizigóticos, também chamados fraternos ou bivitelinos, são produto da fertilização de dois óvulos diferentes no mesmo ciclo ovariano. Esses gêmeos podem ser do mesmo sexo ou de sexos diferentes e são tão parecidos quanto dois irmãos quaisquer. Geneticamente eles têm em média 50% de compartilhamento genômico.

A humanidade sempre teve enorme fascínio pelos gêmeos, tecendo histórias mitológicas nas quais eles aparecem como conectados de forma especial, parceiros, metades de um todo que se completa, ou até opostos e antagônicos. Eles são paradigmas tanto do igual como do diferente.

Por exemplo, no mito de criação do Egito antigo, o deus da terra Geb e a deusa dos céus Nut eram gêmeos, e também amantes, em eterno abraço. Da união deles nasceram Ísis e Osíris, os mais populares deuses egípcios.


Um mito semelhante aparece na saga dos Volsung da mitologia nórdica, magistralmente contada por Richard Wagner (1813-1883) em sua ópera As Valquírias, parte de O anel dos Nibelungos (curiosamente uma trilogia de quatro óperas, já que a primeira, O ouro do Reno, é, formalmente, um prelúdio apenas). Sigmundo e Sieglinda são irmãos gêmeos que, sem saber disso, tornam-se amantes e geram Siegfried, que irá, ultimamente, por meio de sua relação amorosa com Brunhilda, causar o crepúsculo dos deuses e a ruína do palácio de Valhala. E é exatamente a destruição dos deuses que vai permitir a emergência dos humanos como a força dominante na Terra – uma bela lenda humanista.


Linda imagem da constelação Gemini do atlas celeste Uranographia, desenhado em 1690 por Johannes Hevelius (1611-1687). Imagem: Wikimedia Commons.



Muitos outros pares de gêmeos aparecem na mitologia e conquistam o imaginário popular. Entre eles, podemos destacar Castor e Pólux, lendários personagens gregos, atualmente as estrelas mais brilhantes da constelação de gêmeos (Gemini), um dos doze signos do zodíaco (de 21 de maio a 21 de junho), e também Rômulo e Remo, fundadores de Roma.

Literariamente, inúmeras estórias abordam os gêmeos, sendo comum o tema das confusões geradas pela semelhança fisionômica entre eles. William Shakespeare (1564-1616) conseguiu colocar duas duplas de gêmeos idênticos em uma única peça, apropriadamente chamada A comédia dos erros.

Distinguindo os tipos de gêmeos
A frequência do nascimento de gêmeos varia consideravelmente em diferentes populações: vai de cerca de 1% dos nascimentos nos países europeus a mais de 4% na Nigéria. A explicação para essa diferença apareceu após a invenção de uma simples maneira de calcular qual proporção dos gêmeos é monozigótica e qual é dizigótica.

O chamado Método de Weinberg baseia-se no fato de que gêmeos dizigóticos são metade das vezes de sexos diferentes e metade de sexo igual. Assim, a frequência de gêmeos monozigóticos pode ser estimada diminuindo-se do total o dobro do número de gêmeos de sexos diferentes. Quando isso foi feito, constatou-se algo muito interessante: a proporção de gêmeos idênticos é mais ou menos uniforme em todos os continentes e países (cerca de 0,4%), enquanto o que varia é a magnitude dos gêmeos fraternos. Na coluna do mês que vem entrarei em mais detalhes sobre o significado dessa observação.

Alguns leitores podem indagar se é possível usar o exame da(s) placenta(s) e das membranas fetais para estabelecer a zigosidade de gêmeos. Sabemos que o feto humano, que está ligado ao útero pela placenta, é envolvido por uma membrana amniótica (âmnio), que, por sua vez, é circundada por outra membrana chamada cório. Após o nascimento, todas essas estruturas são expulsas do útero e podem ser estudadas.

Inevitavelmente, todos os gêmeos dizigóticos terão dois âmnios e dois córios. Mas os gêmeos monozigóticos terão somente um âmnio e um cório? Não. Se há apenas um âmnio e um cório (gravidez monoamniótica e monocoriônica) podemos ter certeza que os gêmeos são monozigóticos, mas isso só é visto em cerca de 5% dos casos.

De maneira geral, se a separação e implantação dos gêmeos idênticos é mais tardia, podemos ter dois âmnios e um cório (52%) ou dois âmnios e dois córios (43%). Assim, o estabelecimento do número de córios é de muito pouca valia. Além disso, a análise de membranas é complexa, pois frequentemente elas se colam uma na outra e podem parecer uma só. A análise do número de placentas é igualmente pouco útil, pois é comum gêmeos fraternos terem uma única placenta.


Impressões digitais de DNA idênticas (DNA fingerprints) demonstram com certeza absoluta que dois gêmeos são monozigóticos. Imagem do autor, obtida com a sonda multilocal F10.


Felizmente, o DNA resolve de uma vez por todas esse problema. Na coluna de outubro de 2006 eu escrevi: “Cada genoma humano é único – com exceção de gêmeos monozigóticos, nunca existiram nem vão existir na humanidade dois genomas iguais.” Como hoje em dia o DNA permite estabelecer no laboratório a singularidade do genoma humano, podemos rapidamente resolver com 100% de confiabilidade o problema dos gêmeos: os monozigóticos têm perfis de DNA idênticos; os dizigóticos têm perfis de DNA diferentes (ver figura).

A importância prática principal de saber a zigosidade de gêmeos refere-se principalmente a transplantes de órgãos e tecidos. Enxertos entre gêmeos univitelinos têm 100% de chance de sucesso, porque eles são geneticamente idênticos. Também, filhos de gêmeos monozigóticos são geneticamente equivalentes a meio-irmãos, enquanto filhos de gêmeos dizigóticos são primos em primeiro grau, fatos que podem vir a ter importância para a família.

Curiosidades sobre os gêmeos monozigóticos
Ocasionalmente gêmeos monozigóticos nascem unidos por partes do corpo. A literatura médica, especialmente os tratados de teratologia, contém relatos desses gêmeos conjuntos desde o século 12. Aproximadamente metade dos gêmeos conjuntos é natimorta e apenas 25% vive além da infância.

Curiosamente, não sabemos exatamente as causas desse fenômeno embriológico. Duas hipóteses opostas foram postuladas para explicá-lo. De um lado, temos a proposta de divisão incompleta, que é a mais antiga. Do outro, temos a hipótese de separação completa e posterior fusão parcial das massas celulares. Obviamente, ambas podem ocorrer em casos diferentes. A união dos gêmeos pode ser pelo tórax, abdome, pelve e mesmo pela cabeça. Nesses casos, os gêmeos recebem a nomenclatura arcana de toracópagos, onfalópagos, pigópagos e cefalópagos, respectivamente.


Fotografia dos famosos gêmeos siameses Chang e Eng em 1865. À direita de Chang estão sua esposa Adelaide e seu filho Patrick Henry; à esquerda de Eng, estão sua esposa Sallie e seu filho Albert (foto: Wikimedia Commons).


Certamente os gêmeos conjuntos mais populares da história foram Chang e Eng Bunker (1811-1874), nascidos na Tailândia (que na época era chamada Sião) e posteriormente levados para exibição nos Estados Unidos. Os gêmeos eram unidos pelo osso xifoide, localizado na extremidade inferior do esterno, e por isso eram chamados xifópagos. Eles tinham também os fígados conectados. Hoje esses irmãos poderiam ser facilmente separados.

Chang e Eng administraram bem o dinheiro ganho com suas exibições nos EUA e tornaram-se prósperos cidadãos no interior da Carolina do Norte. Lá, casaram-se com as irmãs (não siamesas) Sallie e Adelaide Yates. Dividiam uma mesma casa e uma cama (muito grande). Chang e Adelaide tiveram 10 filhos; Eng e Sallie, 11. Como as irmãs brigavam muito, acabaram decidindo ter casas separadas: os gêmeos passavam três dias em uma e três na outra. Eng e Chang ficaram perpetuados pelo nome “gêmeos siameses”, que é até hoje usado para denotar gêmeos conjuntos. O termo “gêmeos xifópagos” também é frequentemente usado de maneira geral.

Curiosidades sobre os gêmeos dizigóticos
Na mitologia grega, Castor e Pólux eram filhos gêmeos de Leda, mas tinham pais diferentes: o pai de Pólux era Zeus, o pai de Castor era Tíndaro, marido de Leda. Esse é o primeiro relato do fenômeno que tecnicamente é chamado de “superfecundação heteroparental” ou, mais simplesmente, gêmeos heteroparentais.

Antigamente se pensava que gêmeos heteroparentais eram apenas lendas ou eventos raríssimos. Com o advento dos testes em DNA, que podem estabelecer a paternidade com certeza absoluta, inúmeros casos têm sido relatados e gêmeos com pais diferentes parecem ser um fenômeno relativamente comum. A origem é a fertilização de dois óvulos liberados no mesmo ciclo por dois homens diferentes, como produto de relações sexuais na época fértil do ciclo menstrual. Obviamente, apenas gêmeos dizigóticos podem ser heteroparentais.

O fenômeno de gêmeos heteroparentais é uma prova irrefutável da fragilidade da prova testemunhal em casos judiciais de paternidade, como já tive oportunidade de discutir em detalhe anteriormente ( clique aqui para ler o artigo). Como a concepção ocorre no interior do corpo da mulher, o DNA é a única testemunha admissível.

Considerações finais
Nesta coluna apresentei alguns dados gerais e curiosidades biológicas sobre a gemelaridade. No próximo mês, vamos expandir a discussão e abordar aspectos genéticos do fenômeno. Assim, precisaremos de colunas gêmeas (fraternas) para discutir o fenômeno dos gêmeos (tsk, tsk....). Até lá.


Sergio Danilo Pena
Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais

Quer saber mais sobre vulcões e sobre terremotos?

terremoto

Confira os posts sobre o assunto! Conheça causas, efeitos e entenda o que são essas manifestações da natureza!
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Vulcões e terremotos

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas de manifestação da dinâmica interna terrestre. As placas tectônicas, conforme a teoria da Tectônica de Placas, incluem continentes e partes de oceanos, que movem-se em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.

Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

Saiba mais, lendo os posts sobre vulcões e terremotos!

Abaixo, entenda a Escala Richter!

Escala Richter

Escala Richter

Vídeo sobre terremotos e vulcões