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domingo, 22 de fevereiro de 2009

ESPECIAIS :: CHARLES DARWIN, 200 ANOS


COLUNAS :: DERIVA GENÉTICA
Darwin, o super-herói
12/01/2007



No artigo que marcou o primeiro ano da coluna Deriva Genética, em março de 2007, o geneticista Sergio Pena prestou uma justa homenagem a Charles Darwin, 125 anos após sua morte. O colunista da CH On-line mostrou como a biografia de Darwin se encaixa perfeitamente na trajetória do herói tal como foi definida por Joseph Campbell e explicou por que ele se tornou um verdadeiro mito da ciência.


COLUNAS :: CAÇADORES DE FÓSSEIS
Charles Darwin: atual e necessário
14/03/2008
A inauguração de uma exposição sobre Darwin em março de 2008 no Rio de Janeiro foi o ponto de partida da coluna daquele mês do paleontólgo Alexander Kellner. O colunista da CH On-line discutiu a obra do naturalista inglês e mostrou como é oportuno celebrar hoje o legado de Darwin, em tempos de crescimento alarmante do criacionismo.


REVISTA CH :: ENSAIO
Darwin: muito famoso e pouco lido
CH 250 :: Julho/2008
Charles Darwin é o cientista de maior renome no século 21, superando em notoriedade gigantes como Newton, Marx e Einstein. Ele é conhecido como criador da teoria evolução por seleção natural. Mas nem todos sabem que ele trouxe contribuições essenciais para a etologia, a taxonomia, a geologia, a ecologia e a biogeografia, como mostrou esse artigo publicado na seção Ensaio da CH de julho de 2008.


REVISTA CH :: A PROPÓSITO
Ler ou não ler?
Revista CH 223 :: Janeiro-Fevereiro/2006
Você já leu A origem das espécies, a contribuição seminal de Charles Darwin? Mesmo entre os estudantes e professores de biologia, são poucos os que já encararam a empreitada. Porém, o texto foi escrito em estilo quase coloquial e não perdeu nada em importância e vigor. O biólogo Franklin Rumjanek explicou por que devemos ler esse clássico da biologia em sua coluna na primeira edição de 2006 da CH.


REPORTAGEM :: ESPECIAL SBPC 2008
O Brasil visto por Darwin
16/07/2008
Em 2008, comemoraram-se 150 anos da teoria da seleção natural, proposta em conjunto por Darwin e Wallace. A passagem de ambos pelo Brasil foi o tema de uma palestra do historiador da ciência Ildeu de Castro Moreira na reunião anual da SBPC em Campinas. Esta reportagem discute a contribuição das observações feitas por ambos em nosso país para a formulação da teoria que mudou a biologia.


REPORTAGEM :: DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Na trilha de Darwin
02/12/2008
Mais de 170 anos depois, a história da passagem de Charles Darwin pelo Rio de Janeiro está sendo resgatada. Uma expedição organizada em novembro de 2008 refez o trajeto percorrido pelo naturalista inglês da capital em direção ao norte do estado, onde ele teve seu primeiro contato com a incrível diversidade da floresta tropical e viu de perto as condições de vida dos escravos.




COLUNAS :: DERIVA GENÉTICA
Mal de Chagas: a misteriosa doença de Darwin?
09/01/2009
Além do bicentenário de nascimento de Darwin, a comunidade científica também festeja em 2009 os 100 anos da descrição por Carlos Chagas da doença que hoje leva o seu nome. Em sua primeira coluna deste ano, o geneticista Sergio Pena discutiu um evento que liga esses dois grandes nomes da história da ciência: a hipótese de que Darwin teria contraído o mal de Chagas na América do Sul.


REVISTA CH :: A PROPÓSITO
Você é wallacista?
CH 251 :: Agosto/2008
Para muitos a teoria da evolução das espécies por seleção natural é obra exclusiva de Darwin. O papel de Alfred Wallace, naturalista conterrâneo de Darwin que propôs essa teoria junto com ele, costuma ser esquecido. Em sua coluna na CH de agosto de 2008, o biólogo Franklin Rumjanek resgatou o importante papel de Wallace e propôs uma provocação: por que não nos referimos à teoria da evolução como 'wallacismo'?


REVISTA CH :: ARTIGO
Evolucionismo e criacionismo no século 21
CH 256 :: Janeiro-Fevereiro/2009
Organizações de cunho religioso vêm tentando incluir no currículo escolar a concepção criacionista da origem da Terra e da vida. Esse movimento está presente em vários países, inclusive no Brasil, onde, mesmo entre estudantes universitários, ainda é baixa a credibilidade da teoria da evolução biológica, como revelou uma pesquisa com alunos da Universidade Estadual de Londrina (PR), apresentada na primeira edição de 2009 da CH.


RESENHAS :: HISTÓRIA DA CIÊNCIA
O cientista criativo
17/02/2009
Para celebrar o bicentenário de Darwin e os 150 anos da obra em que ele apresentou a teoria da evolução pela seleção natural, o livro Charles Darwin: em um futuro não tão distante mostra ao público o legado do naturalista inglês nos dias de hoje. Longe do estereótipo do cientista, a obra evoca um Darwin jovem e criativo, cujas ideias até hoje influenciam a ciência, como mostrou esta resenha publicada em fevereiro.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Concurso - A evolução em quadrinhos

Prorrogado o concurso que irá premiar quem sabe fazer boas histórias com a ciência



Atendendo a pedidos de seus leitores, a Ciência Hoje das Crianças decidiu prorrogar o concurso A evolução em quadrinhos, que irá premiar a melhor história em quadrinhos sobre a Teoria da Evolução. Até o dia 28 de fevereiro de 2009, você, que tem até 16 anos e cursa o Ensino Fundamental, pode enviar o seu trabalho. O nome do vencedor do concurso será divulgado na edição 200 da CHC. Inspire-se nas dicas a seguir e... boa sorte!

Em 2008, foram comemorados os 150 anos da Teoria da Evolução, cujo principal autor foi o naturalista inglês Charles Darwin. Pois nós convidamos você a pesquisar um pouquinho sobre o tema (uma dica é ler a CHC 194 – Especial Darwin) e preparar, em uma folha de papel A4, uma história com cinco ou seis quadrinhos coloridos que trate da Teoria da Evolução.

Uma comissão formada por ilustradores da revista, cientistas e integrantes do Ministério de Ciência e Tecnologia irá eleger a história em quadrinhos mais interessante. O autor da história escolhida ganha uma assinatura da CHC e uma viagem com acompanhante para o Rio de Janeiro ou para São Paulo, onde visitará diferentes centros de pesquisa.

Para participar, envie seu trabalho para a

Redação da revista Ciência Hoje das Crianças: Av. Venceslau Brás, 71, fundos, casa 27, CEP 22290-140, Rio de Janeiro/RJ. No envelope, coloque o nome do concurso: A evolução em quadrinhos! Participe e... Boa sorte!

Observações importantes
O vencedor deverá optar por uma viagem para o Rio de Janeiro ou para São Paulo. No Rio de Janeiro, serão visitados o Museu de Astronomia e Ciências Afins, o Museu de Ciências da Terra, o Museu da Vida, o Observatório Nacional e o Planetário. Em São Paulo, o roteiro incluirá a Estação Ciência, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (São José dos Campos) e o Planetário. A viagem aérea em classe econômica, o pernoite em hotel de classe turística e os traslados pela cidade serão de responsabilidade do Ministério da Ciência e Tecnologia, em data a ser definida por este. O acompanhante do vencedor deverá ser maior de 21 anos e estar devidamente autorizado como seu responsável.


A Redação
Ciência Hoje das Crianças
11/02/2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cometa se aproxima e será visível da Terra na próxima semana

da Associated Press


O Lulin, um cometa esverdeado descoberto há dois anos, terá sua aproximação máxima da Terra na madrugada de segunda-feira para terça-feira (23 e 24) e poderá ser visto com ajuda de binóculos. Ele estará a cerca de 60 milhões de quilômetros, menos da metade da distância entre Terra e o Sol.
O cometa é verde por causa da estrutura de seus compostos de carbono e porque tem cianogênio, um gás tóxico.


Sua órbita, ao contrário do que ocorre na maioria dos cometas, é no sentido horário. Esta é a primeira passagem de Lulin perto do Sol, dizem astrônomos, porque ele ainda preserva a maior parte dos seus gases. Quando ele se aproximar da estrela, o chamado "vento solar" deve varrer esses gases, formando a cauda do cometa.

Segundo a Nasa (agência espacial norte-americana), o cometa deverá ser visto próximo a Saturno, na constelação de Leão.
Cometa Lulin, de tom esverdeado, poderá ser visto com binóculos na madrugada entre segunda e terça-feira.
Fonte: FOLHA ONLINE


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Qual a temperatura do feto dentro do útero materno? O que pode ocorrer se essa temperatura for alterada?

Pergunta de Elaine Pedrosa, por correio eletrônico


Desenho de um feto no útero materno feito por Leonardo da Vinci.


A temperatura corporal humana média é de 37°C, e a do feto humano é superior à materna de 0,3 a 0,5°C. O aquecimento acima dessa temperatura pode perturbar o processo fisiológico normal do feto, causando, por exemplo, alteração de reações metabólicas ou da migração neuronal ou mesmo morte celular. As consequências são mais graves se essa mudança acontecer no primeiro e no início do segundo trimestres da gestação, quando se dá a organogênese, período em que ocorrem divisões e especializações celulares.

A elevação natural da temperatura do corpo da mãe é utilizada, em pesquisas, para estimar os riscos ao embrião causados pela elevação da temperatura fetal. Embora o risco seja muito pequeno no caso de elevações mínimas de sua temperatura, nunca é igual a zero. A elevação estimada de 1°C acima da temperatura basal fetal durante cinco minutos tem risco de aproximadamente 0,004% para anomalias discretas e de aproximadamente 0,048% para anomalias maiores.

Estudos que avaliaram os efeitos da temperatura materna acima de 38,3°C, por pelo menos 24 horas, no primeiro e início do segundo trimestres (período em que se dá a proliferação e a migração neuronal), demonstram maior risco para anencefalia (ausência total ou parcial da abóbada craniana), microcefalia (menor crescimento cerebral) e deficiência mental.

Maria de Lourdes Brizot - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo


Mais que diários virtuais

Blogs podem melhorar o desempenho escolar e estimular a interdisciplinaridade, aponta estudo


Um dos blogs criados por alunos do Ensino Médio de uma escola em Minas Gerais para debater temas abordados em sala de aula. Essa ferramenta contribuiu para aumentar suas capacidades de discussão e escrita (reprodução).


Os blogs podem ser uma excelente ferramenta para melhorar o desempenho dos alunos em sala de aula e estimular a interdisciplinaridade. O uso desses diários virtuais por estudantes do Ensino Médio de uma escola em Minas Gerais contribuiu para aumentar suas capacidades de discussão e escrita, entre outros benefícios.

Os resultados da experiência, feita pela professora de produção textual Cláudia Rodrigues, fazem parte de sua dissertação de mestrado, orientada pela linguista Denise Bértoli Braga e apresentada ao Instituto de Estudos da Linguagem, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A ideia de Rodrigues surgiu a partir da percepção de que o potencial de ferramentas como a internet permanecia pouco explorado na escola. “Os alunos sabiam muito mais sobre recursos da internet do que nós, professores”, diz.

Depois de uma tentativa fracassada de criar um blog próprio no qual os alunos comentassem e discutissem os assuntos publicados, Rodrigues experimentou usar essa ferramenta de forma menos centralizada: os blogs seriam dos alunos, e não da professora. “Percebi que trabalhar com a internet focada no educador não funciona”, avalia.





Rede de debates

Rodrigues dividiu suas turmas em grupos, que deveriam criar um blog onde se discutissem os temas abordados em sala de aula. “Os alunos se identificaram com o ambiente dinâmico e informal, em que a discussão não era só com o professor”, explica. Por meio dos posts e dos comentários, os debates iniciados na escola continuavam, não só entre os alunos, mas também com pessoas de fora, como pais e outros amigos.

Nos 20 blogs criados, os alunos adotaram espontaneamente a norma culta da língua, e não a linguagem abreviada típica da internet (reprodução).

O fato de o blog ser um espaço público contribuiu para melhorar a escrita dos estudantes, que passaram a ler mais e se informar melhor antes de discutir um assunto. “Os debates ficaram mais embasados e os textos, mais bem elaborados”, conta Rodrigues.

A professora ressalta que os resultados mais inesperados e positivos da atividade foram a interdisciplinaridade e a intertextualidade das discussões. Segundo ela, os alunos começaram a confrontar os temas e pedir dicas e opiniões de professores de outras disciplinas, o que não era, a princípio, o objetivo da experiência.

Resistência das escolas

Embora o uso de blogs em atividades escolares tenha sido tão produtivo, Rodrigues ressalta que há uma resistência em relação ao emprego dessa ferramenta. Segundo ela, existe preconceito – principalmente em relação à linguagem da internet –, que seria causado pela falta de informação dos representantes das instituições de ensino. “As escolas geralmente acham que a internet serve apenas para o lazer do estudante e é onde ele aplica somente aquela linguagem abreviada e fora dos padrões da norma culta”, comenta.

Rodrigues defende a variedade linguística e não condena o uso dessa linguagem abreviada típica do meio virtual. Mas ela ressalta que em nenhum dos 20 blogs criados os alunos usaram o “internetês”, mesmo sem ter havido uma orientação específica sobre a linguagem a ser adotada. “O aluno entendeu que era um blog educacional e, por isso, a norma culta não foi suplantada pela linguagem da internet”, relata. “A linguagem culta já é estabelecida e reconhecida e isso foi percebido pelos próprios alunos.”

Para a professora, os resultados do estudo mostram que é preciso repensar o papel da internet na vida do estudante. “O blog deve ser uma ferramenta do aluno e do professor, e a internet pode ser útil para todas as disciplinas”, completa.

Isabela Fraga
Ciência Hoje On-line

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

COLUNAS :: CEM BILHÕES DE NEURÔNIOS

Uma perspectiva luminosa
Pesquisadores utilizam estímulos de luz para restabelecer respiração em lesões graves da coluna


Quando o diafragma se contrai (à esquerda), o peito se enche de ar. Esse processo é comandado pela medula espinhal.

Os caminhos da ciência são mesmo surpreendentes. Quem esperaria que os “interruptores” de luz situados na retina pudessem ser utilizados para normalizar a respiração de acidentados? Os interruptores em questão são as moléculas fotossensíveis que a retina apresenta, capazes de abrir canais na membrana das células nervosas, permitindo a passagem de íons e gerando assim potenciais elétricos – os sinais de informação que o sistema nervoso utiliza.

A ideia de usar os interruptores com esse fim foi de um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, nos Estados Unidos. O grupo, dirigido pelo neurocientista Jerry Silver, bolou uma forma de “reativar” os neurônios de animais de laboratório cuja medula espinhal havia sido traumatizada.

Os neurônios sobreviventes são geralmente desativados pela lesão. Mas se eles pudessem produzir os tais interruptores moleculares, imaginou o grupo, talvez fosse possível provocar a sua reativação funcional estimulando-os com luz. A ideia deu certo, por enquanto apenas em ratos, e foi divulgada há dois meses na prestigiosa revista da Sociedade Norte-americana de Neurociência.

Controle da respiração
Nos pacientes que sofrem traumatismos da medula na altura do pescoço, muito frequentemente ocorre insuficiência respiratória, além da paralisia dos músculos abaixo da lesão, incontinência urinária e outros sintomas. As dificuldades respiratórias provêm da dificuldade de comando do diafragma, o músculo que separa o tórax do abdome, e que se contrai a cada ciclo respiratório quando há necessidade de inspirar o ar para dentro dos pulmões.

Os neurônios de comando desse músculo ficam na medula, e são regulados ritmicamente por outros neurônios situados mais acima. Com o traumatismo no pescoço, ocorre uma interrupção desse controle rítmico da inspiração, e fica difícil respirar.




As lesões parciais da medula interrompem algumas fibras nervosas, mas não outras. No entanto, as que permanecem muitas vezes não são suficientes para comandar adequadamente o diafragma.

Muitas vezes, entretanto, a lesão é incompleta, unilateral, e o lado preservado da medula pode assumir a função do lado lesado. O problema é que os neurônios do lado lesado ficam “deprimidos” pela falta do comando rítmico vindo de cima, e não obedecem ao comando mais fraco do lado oposto.

Tudo ficaria mais fácil se fosse possível “ajudar” esses neurônios, estimulando-os a gerar impulsos para o diafragma sob comando do lado preservado. Foi o que pensaram os pesquisadores, que inventaram um experimento engenhoso para conseguir esse objetivo.

Experimentos com camundongos
A primeira etapa do experimento consistiu em produzir ratos com lesões na medula, o que era feito sob anestesia por meio de uma cirurgia. Nesse mesmo momento, os pesquisadores injetavam na região logo abaixo da lesão uma solução contendo vírus não-patogênicos cujo DNA tinha sido modificado para codificar a canalrodopsina-2, uma das moléculas interruptoras de luz das células da retina mencionadas acima.

Alguns dias depois, os mesmos animais eram novamente estudados. Os pesquisadores constataram logo que a metade do diafragma comandada pelo lado lesado da medula estava paralisada, o que puderam medir por meio de um exame chamado eletromiograma. No entanto, o diafragma recuperava sua atividade rítmica quando a medula era estimulada com luz azul canalizada por uma fibra óptica.

O mais interessante de tudo é que, com uma estimulação intensa e prolongada, a capacidade dos neurônios medulares de recuperar o comando do diafragma tornava-se duradoura. Era como se eles tivessem reaprendido a função, que assim se tornava permanente, armazenada na memória motora.

No experimento, o lado da medula que permanecia intacto (eletromiogramas de cima) apresentavam contrações normais do lado correspondente do diafragma, com ou sem fotoestimulação. O lado lesado, no entanto, só comandava o seu hemidiafragma com a fotoestimulação (à direita). Modificado de Alilain e colegas (2008).

A explicação para o fenômeno não é complicada. A canalrodopsina-2, ao ser ativada pela luz, deixa entrar no neurônio uma avalanche de íons positivos, o que altera a polaridade natural da membrana, causando uma despolarização, isto é, uma diminuição da diferença de potencial entre os lados de dentro e de fora da célula.

Acontece que a despolarização da membrana “liga” as moléculas receptoras desses neurônios do lado lesado, que se tornam sensíveis aos neurotransmissores dos neurônios do lado preservado da medula. O lado preservado então consegue impor o ritmo da respiração ao lado lesado, e o diafragma responde contraindo-se mais fortemente e de acordo com esse ritmo. A respiração se normaliza.

Aplicação em humanos
O leitor pode estar se perguntando como é que algo semelhante poderia ser aplicado a pacientes humanos reais. Como é que se poderia introduzir vírus com DNAs, depois estimular com luz os neurônios...

Bem, introduzir vírus na medula não é algo tão difícil, embora ainda dependa de um procedimento invasivo. Quem sabe a nanotecnologia dê conta dessa dificuldade com mais eficiência, veiculando os vírus por meio de nanopartículas inseridas pela circulação. E a fotoestimulação no fundo pode não ser necessária, porque poderiam ser utilizadas outras sequências de DNA, capazes de codificar canais iônicos ativáveis de outro modo – por meio químico, por exemplo.

O mais significativo do trabalho não é esse lado técnico, mas o conceito de que os neurônios de comando respiratório são dotados de plasticidade, ou seja, capacidade de “reaprender” a sua função desativada pela lesão. Pode-se prever que esse conceito possa ser desenvolvido modificando os detalhes técnicos para então tentar aplicá-lo a pacientes. E não apenas para o controle da respiração, mas também para a recuperação motora, o controle dos esfíncteres e as demais aflições que esses pacientes sofrem. Quem viver, verá.

Roberto Lent
Professor de Neurociência
Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro

Quer saber mais sobre vulcões e sobre terremotos?

terremoto

Confira os posts sobre o assunto! Conheça causas, efeitos e entenda o que são essas manifestações da natureza!
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Vulcões e terremotos

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas de manifestação da dinâmica interna terrestre. As placas tectônicas, conforme a teoria da Tectônica de Placas, incluem continentes e partes de oceanos, que movem-se em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.

Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

Saiba mais, lendo os posts sobre vulcões e terremotos!

Abaixo, entenda a Escala Richter!

Escala Richter

Escala Richter

Vídeo sobre terremotos e vulcões