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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Na natureza é melhor

Elefantes de zôos vivem menos e têm a saúde pior do que os selvagens
Elefantes adultos e filhotes passeiam livres na natureza (foto: C. Moss/ATE).

Você assistiu ao desenho animado Madagascar? Já ouviu falar nele? Esse filme conta a história do leão Alex, a principal atração do zoológico de Nova York. Ele, que sempre viveu em cativeiro, não está satisfeito com a sua vida no zoológico. Algo que seu amigo Marty, uma zebra, não consegue entender, já que considera viver no zoológico uma maravilha. Com a fuga de Alex, porém, não só Marty como outros animais do zôo vão descobrir como é a vida selvagem, ao irem parar na ilha de Madagascar, na África. No grupo, não há nenhum elefante, mas você sabia que, se houvesse um personagem assim no filme, ele poderia dizer, sem medo de errar, que animais desse tipo encontrados na natureza vivem por mais tempo e são mais saudáveis do que os de zoológico?

Pois é. Essa descoberta, anunciada recentemente por pesquisadores de universidades do Canadá e do Reino Unido, foi feita a partir do estudo de mais de 4.500 elefantes fêmeas, de zoológicos da Europa e de áreas de preservação localizadas no Quênia (África) e em Mianmar (Ásia). Pesquisadores descobriram que os animais podem sofrer uma série de problemas físicos e psicológicos se as condições no zoológico ou no seu cativeiro não forem adequadas.


Elefante asiático em zoológico europeu (foto: Born Free Foundation/Chris Draper).

Segundo o estudo, os elefantes africanos vivem, em média, 17 anos no cativeiro e até 56 em vida livre. Já os asiáticos chegam, em média, a uma idade de 19 anos nos zoológicos e 42 na natureza, sendo que a sua expectativa de vida pode ser ainda menor, de acordo com as condições em que vivem.

“Os animais que trabalham para a indústria madeireira no Sudeste da Ásia, por exemplo, têm um risco elevado de morte, e muitas vezes não chegam a completar oito anos”, conta a zoóloga Georgia Mason, da Universidade de Guelph, no Canadá, referindo-se a elefantes que são usados para a derrubada de árvores em território asiático.

Segundo a zoóloga, como é difícil que os elefantes consigam se reproduzir em cativeiro, a população de animais não aumenta muito e, por isso, é sempre necessário que novos elefantes sejam trazidos da natureza. “As taxas de nascimento são muito pequenas. Antigamente, pensava-se que simplesmente os machos não conseguiam aproximar-se facilmente das fêmeas, mas, hoje, sabemos que muitas fêmeas têm problemas de saúde que as impedem de se reproduzir”, explica. “Ninguém sabe ainda por que isso acontece, mas se acredita que esses problemas possam ser causados por estresse e obesidade.”


Saúde em risco


(Ilustração: Maurício Veneza).
Pois é: quem diria que os elefantes sofrem com excesso de peso? Esse, porém, não é o único problema de saúde que eles podem desenvolver em cativeiro.
Georgia Mason conta que doenças ligadas ao sistema circulatório, assim como tuberculose, entre outras, afetam os elefantes. “Podemos observar que mais da metade dos animais apresenta algum desses problemas”, explica. Os elefantes nascidos em cativeiro sofrem risco ainda maior do que os trazidos da vida selvagem, pois são levados de um zoológico para o outro e, por vezes, afastados de suas mães.
“Os animais que permanecem em cativeiro costumam apresentar um comportamento repetitivo, muitas vezes movem-se de um lado para o outro sem motivo, e até mesmo agridem os tratadores”, conta a zoóloga Khyne Mar, do Departamento de Ciências dos Animais e das Plantas da Universidade de Sheffield, localizada na Inglaterra.
  • Um lugar melhor para viver
Mas como os jardins zoológicos podem ajudar a acabar com esses problemas? Para Georgia Mason, o melhor a se fazer é parar de transferir animais entre zoológicos, pois os elefantes são animais sociais e o distanciamento do grupo pode fazer com que eles fiquem doentes. “Seria importante também deixar os filhotes fêmeas junto de suas mães pelo maior tempo possível, até mesmo pela vida toda, como ocorreria na natureza”, comenta. “As filhas que são afastadas de suas mães têm maior chance de morrer prematuramente.”
Além disso, Khyne Mar lembra que o lugar onde ficam os elefantes precisa ser espaçoso para permitir que os animais possam se movimentar. “Os zoológicos devem construir cercados grandes para facilitar o movimento e permitir o contato com animais da mesma espécie”, afirma. E aí? O zoológico da sua cidade cumpre essa recomendação? Se a resposta for “não”, que tal dar essa dica para a administração do local? Sua atitude pode ajudar um elefante e render bons resultados!
*Igor Waltz - Ciência Hoje das Crianças - 19/12/2008

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Vulcões e terremotos

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Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

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