Agora são: .Horas e .Minutos - Bem vindo ao Blog Ciências Sempre!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A peça que faltava

Antártica é o último continente no qual o aquecimento foi comprovadamente atribuído à ação humana


Lagos de gelo derretido no mar gelado ao redor da ilha de Coburg, em Nunavut, Canadá. Uma relação clara entre a ação humana e o aquecimento global já havia sido apontada na região do Ártico, retratada acima, mas nunca no caso da Antártica (foto: Sandy Briggs).


Nos últimos anos, estudos haviam permitido atribuir à ação do homem o aumento da temperatura verificado em várias regiões do planeta. Mas faltava ainda demonstrar isso para um último continente: a Antártica. Isso acaba de ser feito por uma equipe internacional de cientistas, que mostrou que o aumento de temperatura nos dois pólos do planeta é motivado por atividades humanas, como o lançamento na atmosfera de gases que promovem o efeito-estufa e outros poluentes.


A pesquisa afasta a hipótese levantada em estudos anteriores que atribuíam as mudanças na temperatura das regiões polares à variabilidade natural de seu clima. Os resultados, publicados hoje na internet pela revista Nature Geoscience, reforçam a importância da adoção de medidas para evitar e combater o aquecimento global.


Iceberg na ilha de Baffin em Nunavut, Canadá, com pequenos lagos de gelo derretido em primeiro plano. O aquecimento no Ártico foi associado a um rápido declínio da extensão do gelo do mar no verão (foto: Sandy Briggs).

Não era fácil atribuir à ação humana as mudanças climáticas verificadas na Antártica, seja devido à grande variabilidade do clima local, seja pela pouca qualidade dos dados colhidos ali por cientistas. Não por acaso, o próprio Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas havia reconhecido que faltava comprovar a relação entre ação humana e aquecimento naquele continente.

Para resolver esse impasse, os pesquisadores observaram os padrões de aumento da temperatura em regiões do Ártico e da Antártica (nos pólos Norte e Sul, respectivamente) com a utilização de registros da temperatura do ar feitos desde 1900. Os padrões observados foram comparados com simulações computadorizadas que previam como seria a evolução dessas temperaturas em dois tipos de cenários – com e sem as emissões de gases do efeito-estufa e outros poluentes (como de dióxido de carbono e de clorofluorcarbonetos – CFCs) originadas por atividades humanas.


Os resultados não deixam margem a dúvidas. As únicas simulações da evolução do clima polar compatíveis com os registros de temperatura de fato observados são aquelas que levam em conta a interferência humana.


Culpa inequívoca
“O estudo mostra que a atividade humana é culpada pela mudança climática em todos os continentes, mesmo nas áreas polares” resume à CH On-line um dos autores do artigo, o climatologista Peter Stott, da Universidade de Exeter (Inglaterra).

Iceberg no estreito das Geleiras, situado em Nunavut, Canadá (foto: Sandy Briggs).

“Isso confirma que as ações do homem podem ter conseqüências profundas bem longe das regiões onde são feitas as atividades poluentes e podem inclusive chegar a um continente como a Antártica, no qual não há sequer uma população permanente”, completa Stott. Apenas cientistas e pessoal de apoio das bases polares residem na Antártica e a estadia é temporária.
Peter Stott lembra que o aquecimento das regiões polares pode trazer conseqüências sérias para todo o planeta. “Com a grande quantidade de gelo que existe nessas áreas, o derretimento elevará globalmente o nível do mar”, prevê. “Além disso, o aquecimento traz um provável declínio de espécies no Ártico como, por exemplo, os ursos polares.”

O meteorologista Alexey Karpechko da Universidade de East Anglia (Inglaterra), também autor da pesquisa, alerta para a gravidade do problema na Antártica. “Os padrões de aquecimento na Antártica são especialmente afetados pela destruição da camada de ozônio”, ressalta. “A menos que ela se recupere, o aquecimento na Antártica será amplificado nos próximos anos.”

Tatiane Leal - Ciência Hoje On-line - 30/10/2008

Nenhum comentário:

Quer saber mais sobre vulcões e sobre terremotos?

terremoto

Confira os posts sobre o assunto! Conheça causas, efeitos e entenda o que são essas manifestações da natureza!
krakatoa.jpg

Vulcões e terremotos

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a. Por outro lado, também existem formas lentas de manifestação da dinâmica interna terrestre. As placas tectônicas, conforme a teoria da Tectônica de Placas, incluem continentes e partes de oceanos, que movem-se em mútua aproximação ou distanciamento, a velocidades medidas de alguns centímetros por ano, assim contribuindo para a incessante evolução do relevo e da distribuição dos continentes e oceanos na superfície terrestre.

Fonte: http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Terra_Dinamica

Saiba mais, lendo os posts sobre vulcões e terremotos!

Abaixo, entenda a Escala Richter!

Escala Richter

Escala Richter

Vídeo sobre terremotos e vulcões