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quarta-feira, 24 de junho de 2015

HERANÇA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS


     Os diferentes grupos sanguíneos da espécie humana ocorrem devido à existência de antígenos nos glóbulos vermelhos. A presença desses antígenos é determinada geneticamente.

     Os antígenos são proteínas encontradas na membrana que envolve os glóbulos vermelhos ou hemácias e que estimulam a produção de anticorpos.

DESCOBERTA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS, SISTEMA ABO

     Quando se mistura o sangue de duas pessoas, os glóbulos vermelhos podem permanecer livres, como normalmente se encontram no plasma, ou se juntar uns aos outros, formando estruturas semelhantes a pequenos coágulos. Neste último caso dizemos que ocorreu aglutinação.

     O fenômeno da aglutinação acontece quando há incompatibilidade entre os tipos sanguíneos e isso se deve a uma reação do tipo antígeno-anticorpo. Os antígenos existem naturalmente nos glóbulos vermelhos e são denominados aglutinogênios; os anticorpos existem naturalmente no plasma e são denominados aglutininas. Estas agem contra aglutinogênios específicos.

     Com base nesses conhecimentos, entre 1900 e 1902, Karl Landsteiner, médico austríaco, descobriu os diferentes grupos sanguíneos do sistema ABO.

TRANSFUSÕES DE SANGUE

     A medicina serve-se das transfusões de sangue para salvar vidas em casos de cirurgia, acidentes com hemorragia séria e doenças graves. Porém, o processo requer cuidados para evitar o fenômeno da aglutinação dos glóbulos vermelhos, que pode causar a morte do indivíduo receptor.

     Só ocorre aglutinação quando os glóbulos vermelhos (hemácias) do doador contêm antígenos correspondentes às aglutininas do plasma do receptor. Quando há aglutinação, é o sangue do doador que coagula nos vasos sanguíneos do receptor.

Doador
Receptor
Resultado
Antígeno A
Aglutinina anti-A
Aglutinação
Antígeno A
Aglutinina anti-B
Não aglutinação.




Grupo sanguíneo
Aglutinação (nas hemácias)
Aglutinina (no plasma)
A
A
Anti-B
B
B
Anti-A
AB
A e B
-
O
-
Anti-A e anti-B


      

     No caso de uma transfusão de sangue, o doador deve pertencer a um grupo compatível com o do receptor. A compatibilidade sanguínea entre os quatro grupos do sistema ABO é indicada na tabela acima.

     Alguém com sangue do tipo O, por exemplo, pode doar para qualquer grupo sanguíneo. Daí a expressão “doador universal” para os indivíduos do tipo O.

     O indivíduo com sangue do tipo AB, como não possui aglutinina no plasma, pode receber sangue de qualquer outro tipo, daí ser denominado “receptor universal”.

SISTEMA Rh

     Experimentos desenvolvidos por Landsteiner e outros pesquisadores, em 1040, revelaram a existência de mais um sistema de grupo sanguíneo humano, que foi denominado sistema Rh. Eles injetaram o sangue de um macaco do gênero Rhesus em coelhos e obtiveram um anticorpo, produzido pelos coelhos, que tinha a propriedade de aglutinar os glóbulos vermelhos do macaco.

     O anticorpo presente nos glóbulos vermelhos do macaco Rhesus, que determinou a produção do anticorpo nos coelhos, foi chamado fator Rh e o anticorpo, anti-Rh. A sigla Rh originou-se das duas letras iniciais do nome Rhesus, macaco da Índia usado no estudo.

     Os cientistas, ao testarem o sangue de 448 pessoas de Nova York, verificaram que 85% apresentavam glóbulos vermelhos que reagiam com anti-Rh. Essas pessoas, portanto, possuíam, nos glóbulos vermelhos, o fator Rh e foram chamadas de Rh-positivas (Rh+). Os 15% restantes, cujos glóbulos vermelhos não aglutinavam na presença de anti-Rh, não possuíam o fator Rh. Essas pessoas foram chamadas Rh-negativas (Rh_).

     Os anticorpos anti-Rh não existem naturalmente no sangue das pessoas. Somente os indivíduos Rh_ podem produzir esses anticorpos quando recebem uma transfusão de sangue Rh+. Daí decorre a importância de se conhecer o Rh das pessoas, principalmente para a transfusão de sangue e para que sejam evitados problemas durante a gravidez de mulheres Rh_.

     As pessoas Rh_ devem receber sangue de doadores Rh_, pois somente nessa condição não ocorre produção de anticorpos anti-Rh.

     Com a descoberta do fator Rh, passaram a ser considerados doadores universais os indivíduos com sangue tipo O e Rh_.

ERITROBLASTOSE FETAL

     Um bom acompanhamento médico durante a gravidez pode evitar ou reduzir os efeitos de um problema congênito: a eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido (DHRN).

     A eritroblastose fetal ocorre em feto Rh+ com mãe Rh_ sensibilizada com anti-Rh.

COMO SE DÁ A SENSIBILIZAÇÃO DA MÃE?

     Pela placenta, dentro do útero da mãe, em condições normais, o sangue do feto não passa para a circulação materna. Entretanto, podem ocorrer hemorragias naquele tecido e, com isso, os glóbulos vermelhos do sangue do feto passam para a circulação materna. Então, os glóbulos vermelhos do feto com fator Rh (Rh+) sensibiliza o sangue da mãe, que produz anticorpos anti-Rh.

     Em gestações posteriores, essa mãe apresentará um quadro de incompatibilidade sanguínea com outros fetos Rh+. Os anticorpos formados pela mãe passarão para o sangue do feto Rh+ e provocando nele um choque hemolítico, ou seja, aglutinação e destruição dos seus glóbulos vermelhos.  

     A eritroblastose fetal caracteriza-se pela destruição dos glóbulos vermelhos do feto, que o leva, como consequência, a uma forte anemia.

     A eritroblastose fetal pode ocasionar a morte da criança recém-nascida ou do feto durante a gestação. No entanto, nos casos de sobrevivência dos recém-nascidos, estes se recuperam após algum tempo.

     Hoje em dia, o problema de incompatibilidade sanguínea materno-fetal pode ser controlado administrando-se na mãe Rh_, dentro das primeiras 72 horas após o parto, uma injeção com elevadas doses de anticorpos anti-Rh. Dessa maneira, esses anticorpos vão atacar e destruir os glóbulos vermelhos fetais Rh+, invasores do organismo materno, antes que ele produza os seus próprios anticorpos.


FONTE: Livro de ciências do 8º Ano - CIÊNCIAS NOVO PENSAR - CORPO HUMANO - Demétrio Gowdak e Eduardo Martins - Ed. FTD.
   

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