Ernst Haenckel, formulou o conceito da plavra ECOLOGIA |
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O QUE É
ECOLOGIA?
A ecologia é a ciência que estuda o meio
ambiente, ou seja, a nossa casa (o lugar que habitamos) e os seres vivos que o
compartilham conosco. Quantos são eles, onde estão e porque estão ali são
alguns dos questionamentos que servem como base para o estudo da ecologia.
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HISTÓRICO
DA ECOLOGIA.
Por volta de 1870, um alemão chamado
Ernst Haeckel (1834-1919) difundiu o termo ecologia
(Okologie – do grego oikos = casa e logos = estudo)
para se referir à ciência que estuda a natureza no que diz respeito às relações
entre os seres vivos e o ambiente em que estão inseridos.
Desde então, essa ciência começou a se
difundir pelo mundo e se tornar parte dos mais diversos campos de estudo,
passando a ser considerada uma matéria interdisciplinar. Biologia, física,
química, geografia, antropologia, sociologia, direito, enfim, muitas ciências
encontram espaço nesse universo de conhecimento. Por isso, a ecologia é uma das
áreas mais estudadas atualmente em todo o mundo.
As raízes da ecologia caem nos estudos
ligados à História Natural, algo que, em essência, é tão antigo quanto o homem.
Os egípcios e babilônicos aplicaram métodos ecológicos para combater as pragas
que assolavam suas culturas de cereais no vale do Rio Nilo, bem como na
Mesopotâmia (Odum, 1977). Os gregos (Hipócrates, Aristóteles) produziram textos
claramente ecológicos (Allan, 1970). Passada a Idade Média, período
caracterizado pelo domínio da igreja e sua visão aristotélica da natureza,
surgem novas contribuições ao estudo ecológico. Antonie van Leeuwenhoek
(1632-1723), naturalista holandês, mais conhecido por ter inventado o
microscópio, também estudou e evidenciou a importância das cadeias alimentares
e a regulação de populações (Dubois et al., 1938). Gaunt (sec. XVI) foi o
pioneiro da demografia. Ele trabalhou em sensos da população humana na cidade
de Londres e reconheceu a importância da determinação quantitativa das taxas de
nascimentos, mortalidade, razão sexual e estrutura de idade das populações.
Outro naturalista, Buffon (1756), assinalou que existem “forças” capazes de
contrabalançar o crescimento populacional, ou seja, o principio básico da
regulação ecológica das populações.
As populações mais importantes para o
estabelecimento da ecologia moderna aconteceram somente ao final do século
XVIII e durante a primeira metade do século XIX. Malthus (1798) determinou que
as populações podem crescer em ritmo exponencial (modelo densidade
independente), enquanto os recursos de que elas necessitam crescem em ritmo
aritmético. Verhulst (1838) derivou a curva logística de crescimento
populacional (modelo densidade dependente). Farr (1843) descobriu a relação
existente entre taxa de mortalidade e densidade de uma população.
- ENTENDENDO A ECOLOGIA.
O
instinto de sobrevivência é, talvez, o comportamento mais natural entre todos
os seres; logo, “manter-se vivo” tem sido uma das maiores preocupações para o
homem desde que começou povoar a Terra. A obtenção de alimentos, pela caça,
pesca ou coleta de vegetais, era/é, sem dúvida, um fator básico de subsistência
entre todos os animais. Mas o homem não se limitou a isso.
Com o tempo, conhecer a natureza tornou-se
cada vez mais importante. Esse conhecimento passou a ser usado com várias
finalidades: religiosas, ritualísticas e ainda para a sobrevivência.
Desde as tribos mais primitivas, os
caçadores estudavam suas presas e desenvolviam técnicas cada vez mais
aprimoradas de ataque. Quando a agricultura surgiu, os homens passaram a
estudar as estações do ano, as chuvas, as técnicas de cultivo e os próprios
vegetais que plantavam.
Os homens primitivos já conheciam os hábitos dos animais que caçavam |
Na Grécia Antiga, muitos filósofos,
principalmente Aristóteles, desenvolveram ideias sobre o planeta Terra e sobre
os seres vivos. Contudo, foi apenas nos séculos XVIII e XIX, com a contribuição
de grandes pesquisadores e pensadores como Lineu (classificação dos seres),
Buffon (origem dos seres), Humboldt (biologia), Darwin (evolução), Wallace
(biogeografia), Malthus (estudo das populações) entre outros, que a ciência natural
começou a despertar como fator de grande importância para a sociedade.
Apesar disso, a ecologia só veio a ser
considerada como ciência a partir de 1930 e, mesmo assim, foi muito tempo
deixada em segundo plano, pois não era considerada tão importante quanto as
ciências mais antigas, como física e matemática. Infelizmente, isso não é tão
positivo, pois esse reconhecimento aconteceu porque foi apenas naquele período
que o homem começou a perceber o quanto estava destruindo a natureza.
Fonte: Manual do Educador;
Ciências e Cotidiano – 6º ano. Meio Ambiente. Francisco Buarque e Maria
Ambrosia. Editora Construir – 1ª edição.
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