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sábado, 31 de maio de 2014

AS PLANTAS E OS HOMENS - HISTÓRIA DAS PLANTAS MEDICINAIS E VENENOSAS

Planta de papiro ("Cyperus papyrus").

  

     As plantas são empregadas pelos homens para diversas finalidades desde eras remotas. No antigo Egito, às margens do Nilo crescia uma planta chamada papiro. De seu caule tenro retiravam-se pequenos pedaços que eram molhados, postos a clarear depois secados ao Sol. Essa técnica produzia um material usado para escrever e desenhar - também chamado papiro. Os egípcios produziram papiro por mais de 3000 anos, por volta do ano 100 a.C., o papel foi inventado na China.


  As plantas e a busca pela saúde 
  Há mais de 5000 anos, não existiam os conhecimentos que temos hoje sobre saúde e doenças. Os tratamentos baseavam-se em crendices, magia e religião, pois a maioria das sociedades primitivas acreditava que as doenças eram causadas por espíritos malignos que invadiam os corpos, e para afastá-los havia os curandeiros. Eles realizavam  elaborados rituais de cura em que as plantas eram parte dos meios empregados para afastar a causa da doença.

         Documentos do antigo Egito mostram que há mais de 4000 anos, plantas como anis, o cardamomo, a mostarda, o açafrão, a casca do salgueiro e  as semente de papoula eram recursos importantes na tentativa de obter a cura de doenças.
         No entanto, o uso medicinal das plantas não foi exclusivamente dos antigos egípcios. Em todas as culturas e em todas as épocas, elas sempre foram um recurso importante na luta contra a doença.

          A palavra farmácia provavelmente tem origem no conceito grego de pharmakéia, que era usado para identificar as substâncias capazes de provocar alterações no organismo. Às vezes essas alterações eram para o bem, outras para o mal. Os gregos entendiam que essas substâncias podiam ser remédio ou veneno, dependendo apenas da dose tomada.

Plantas medicinais

          Quando pensamos em plantas medicinais talvez nos lembremos dos "chazinhos da vovó" ou das "garrafadas" que, com sua mistura de ervas, prometem a cura de muitos males.

            Mas as plantas não são usadas somente pela medicina popular. Elas também são usadas pela indústria farmacêutica na pesquisa de grande número dos princípios ativos que irão constituir muitos dos medicamentos encontrados nas farmácias. Princípio ativo é a substância que atua nos organismos animais e cujo efeito pode ser medicinal ou tóxico, dependendo da quantidade tomada.

               O conhecimento popular frequentemente direciona essa pesquisa, apontando as plantas com  propriedades medicinais e seu uso mais indicado. Vamos conhecer alguns exemplos.

O quinino   
Cinchona officinalis
Cinchona officinalis

           Por volta dos anos 1620-1630, missionários jesuítas espanhóis, que conviviam com os índios das florestas próximas aos Andes, aprenderam com eles que a casca de uma árvore da região era um excelente remédio para curar as "febres" que matavam com grande frequência. Na época, muitas doenças eram identificadas como "febres", mas a casca era especialmente eficaz no tratamento da malária.  

           Em 1739, o naturalista sueco Lineu (1707-1778) deu à árvore de onde era retirada a casca o nome de cinchona. Mas até os anos de 1820, a casca da árvore era usada sem que ninguém soubesse o que havia nela que levava à cura. Nesta ocasião, dois químicos franceses, Pierre-Joseph Pelletier e Joseph Biennaime Caventou, conseguiram separar o princípio ativo presente na planta. A substância recebeu o nome de quinino e até hoje é o mais importante medicamento da malária provocada pelo Plamodium falciparum.

Plantas tóxicas
         Muitas substâncias produzidas pelas plantas possuem princípios ativos que, usados nas quantidades adequadas, auxiliam a cura de doenças. No entanto, há outras que produzem compostos capazes de provocar graves intoxicações e até à morte.

           Todos os anos, mais de mil notificações chegam ao Ministério da Saúde informando intoxicações causadas por plantas, e a maioria delas ocorre com crianças que, durante as brincadeiras, manuseiam e colocam na boca folhas que possuem compostos tóxicos.

           A única maneira de diminuir esses casos é a informação, ainda mais que porque muitas dessas plantas são vistosas e, por isso, mantidas dentro de casa, nos jardins, nos parques e praças. E há aqueles que crescem em terrenos baldios nas imediações das residências. Assim, o perigo geralmente está muito próximo e as crianças até 7 anos e animais domésticos são as maiores vítimas.


Zantedeschia aethiopica
Zantedeschia aethiopica
     Uma das plantas mais conhecidas pela sua beleza e toxicidade é a popular Copo-de-leite(Zantedeschia aethiopica). Quem, por engano ou descuido, tocar nesta planta estará exposto ao seu poderoso veneno cujos efeitos da intoxicação são: Sensação de queimação; inchaço nos lábios, língua e boca; vômito e diarreia; dificuldade de engolir. As mãos podem ser o veículo dos compostos tóxicos, que, nos olhos, causam irritação e lesões na córnea.

     Toda a planta produz substâncias tóxicas, especialmente as folhas que geralmente são as partes mais manipuladas.       


          O número de plantas com potencial para provocar acidentes é muito grande, devemos tomar cuidado.

          Portanto, plantas tóxicas são aquelas que apresentam riscos à saúde humana e animal.

           E por que as plantas produzem essas substâncias?

           As angiospermas produzem grande variedade de compostos cujo papel principal é protegê-las da ação dos animais herbívoros. Por terem sabor desagradável, eles agem como barreiras, fazendo com que o animal evite completamente ou diminua o consumo das plantas que os produzem.

          Essa diversidade de compostos, muitos dos quais são desconhecidos, é um dos motivos pelos quais é necessária a preservação do meio ambiente e das espécies que nele vivem.
         
Fonte: Livro Ciências no século XXI - Seres vivos - 7º ano - Iris Stern - Editora Atual


    

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